Como somos pequenos neste mundo!

Coração partido, doído e astral abaixo do chão. Entre várias cenas vividas durante meu tempo de repórter cinematográfico nas TVs Paraíba e Cabo Branco, foram 14 anos, registrei desastres talvez a cada km destas BRs. Corpos mutilados, carbonizados, ofegantes no último suspiro, destroçados e tudo o que se possa pensar. Amigos mortos acidentalmente ou afogados. Tentei sempre não lembrar destes momentos para não doer o coração. Mas nunca me sentí tão pequeno e triste como a morte de um cachorrinho que minha esposa com sua sensibilidade e coração de mãe adotou mesmo à distância porque o bichinho ficava em frente nossa casa, no Hospital São Francisco e ela levava comida e água para ele. Escutávamos daqui quando ele latia, como que pedindo a comida. Nesta segunda-feira à tarde saí para resolver um problema e quando voltei, um carro tinha passado por cima dele. Não acreditei, fiquei doido, revoltado e corrí para pegar um saco plástico para levá-lo para longe para evitar que minha esposa visse. Somos muito pequenos ou nada diante da vida. Não temos varinhas de condão ou o milagre de salvar esses pequeninos. E me bate uma revolta danada. Um São João desta proporção que leva milhares de reais se consegue em menos de 6 meses. Um centro de proteção para animais não se resolve em 20 anos pelo menos para que não aconteça estes acidentes. Mas também se for para matar de fome, deixa como está. Não existe uma política neste sentido, talvez porque animais ainda não votam. O coração dos governantes só vê dinheiro e poder e isto não é só dirigido à prefeita não e sim a todos o políticos desta nação. Políticos só pensam na própria família, em construir uma dinastia e que todos tenham o mesmo poder para pisar os que precisam deles. Esta dor que sinto agora só Deus me conforta e que os políticos com suas políticas vão tudo pro inferno, que podem ter certeza, é o lugar onde eles pagarão seus atos praticados aqui na terra. Desculpem a emoção, mas é muita dor e choro neste momento por ser tão pequeno neste mundo.

por Marcelo Negreiros 


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