A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, reapareceu publicamente pela primeira vez, desde o suposto ataque que sofreu em 1º de setembro. No Senado, na presença de um grupo de padres, ela disse que “se tivesse que agradecer a Deus e à Virgem, tinha de fazê-lo cercada de padres”, referindo-se aos convidados.
Apesar do tom adotado inicialmente, Cristina aproveitou o discurso para questionar uma possível candidatura à Presidência em 2023. “Não são essas coisas que me seduzem e nem me incentivam”, disse, ao citar o papa Francisco. “O que me encoraja é realmente ver se podemos sair da situação atual.”
“Copiei algo do Francisco”, observou. “Agora digo: rezem muito por mim, porque preciso”, insistiu a vice-presidente, ao revelar que o papa ligou para ela um dia depois do que seria um incidente. “No telefone, ele me disse algo como: ‘Atos de ódio e violência são sempre precedidos por palavras’”, lembrou Cristina.
Kirchner recusou-se a dar detalhes sobre o suposto ataque. “Não quero falar disso, desse dia, quero falar do meu país, do nosso povo, do que você vê e convive com o povo dos bairros, da inflação, dos preços, das necessidades o povo”, esquivou-se.
No entanto, ressaltou que ela foi salva pelos militantes que estavam em frente à casa dela. “Foram os militantes que prenderam quem tentou me matar”, observou. “Não foi a polícia. Foram os militantes. Depois que o primeiro tiro falhou, ele tentou disparar a arma novamente e eles o impediram.”
Kirchner aproveitou o discurso para lançar um novo apelo ao diálogo com a oposição para chegar a acordos mínimos para tentar salvar o governo no país.
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