
[Editado por: Marcelo Negreiros]
Diálogos entre o advogado Eduardo Kuntz, que atua na defesa do réu Marcelo Câmara, e um perfil no Instagram atribuído à mulher do tenente-coronel Mauro Cid, Gabriela, enfraquecem a narrativa segundo a qual o 8 de janeiro foi tentativa de golpe de Estado.
Oeste teve acesso às mensagens. Na conversa, Kuntz interpela a conta que estaria sendo usada pelo próprio Cid, apesar da proibição de usar redes sociais, sobre o protesto.
“Mas havia Forças Especiais (FE) no dia quebrando coisas. Né?”, interpela o advogado. “Vários infiltrados. Ou não?”. No contexto militar, as FE são os “kids pretos”, as unidades de elite do Exército altamente treinadas e especializadas em operações de alto risco e complexidade.
O perfil responde: “FE? Nada. Duvido. Aquelas ‘táticas’ não têm nada de FE. Usar gradil como escada. Isso é coisa de CUT, MST. Se as FE quisessem ter dado um golpe, teria acontecido. Teria uma linha de quebradeiras. Teria uma linha armada. Outra teria tomado a CNN e as principais rádios. Teria um manifesto. Simultaneamente, vários ministros seriam presos. Alguém teria que tomar a liderança e proclamar algo. As polícias militares estariam todas cooptadas. As principais rodovias seriam fechadas. Estada todo mundo de férias.”
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