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Divergências internas racham o Talibã

O Talibã pensava que a questão da educação para meninas estava resolvida. As escolas deveriam reabrir em março do ano passado, depois de meses fechadas. Mas o conselho religioso do grupo islâmico, dominado por clérigos fundamentalistas, afundou o plano. Horas antes da reabertura dos portões das escolas, os talibãs ordenaram que eles permanecessem fechados. As adolescentes que apareceram para estudar foram rejeitadas.

A mudança desencadeou uma onda de descontentamento no Afeganistão, inclusive de muitos integrantes do Talibã, que foram às mídias sociais para criticá-la. Essa divergência abalou o grupo, que se manteve notavelmente coeso, enquanto lutava por duas décadas contra os Estados Unidos. Agora, com o Talibã no controle, rachaduras estão aparecendo em várias frentes.

Os líderes do Talibã estão em desacordo sobre um aspecto: como interpretar a lei islâmica e com que rigor aplicá-la, inclusive nas escolas. Além disso, facções rivais também estão brigando pelo poder e pelos despojos de sua vitória.

Ao mesmo tempo, os problemas econômicos do Afeganistão irritaram combatentes do Talibã, muitos dos quais estão lutando para alimentar suas famílias. Isso aumenta a possibilidade de os guerrilheiros desistirem ou desertarem para grupos armados rivais.

Para agravar as dificuldades humanitárias, houve um grande terremoto na semana passada. Mais de mil pessoas morreram, e as comunidades localizadas na parte rural do leste do país foram devastadas.

Apesar das divergências, o Talibã insiste que o grupo fundamentalista islâmico permanece unido. “Não há divisão alguma dentro do Emirado”, disse Zabihullah Mujahid, um de seus porta-vozes.

Leia também: “Uma bomba para o aiatolá”, artigo de Dagomir Marquezi publicado na Edição 50 da Revista Oeste

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