O deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), defendeu durante a comemoração do dia mundial da liberdade de imprensa, 3 de maio, punições mais severas para crimes cometidos contra jornalistas. “Não podemos ser permissivos; a pena tem que ser dura e a lei deve ser aplicada” afirmou o parlamentar.
Efraim Filho relatou a preocupação em aperfeiçoar a legislação para combater de forma mais dura a violência contra a imprensa. Ele lembrou casos mais recentes de assassinatos a repórteres do Maranhão e Ponta Porã (MT) que engrossam uma estatística alarmante. “O perigo cresce tão rapidamente que, segundo informações da imprensa brasileira, mais quatro profissionais de mídia foram assassinados de janeiro a abril deste ano. Em geral, são profissionais que vivem em cidades pequenas e trabalham em veículos de comunicação de abrangência local” informou Efraim Filho.
Conforme a ONG suíça Campanha Emblema de Imprensa (PEC, sigla em inglês), o Brasil é o segundo país mais perigoso do mundo para os profissionais de imprensa, atrás apenas da Síria. Segundo a entidade, 42 jornalistas foram mortos entre 1982 e 2007 e, em 2012, quatro foram assassinados no País.
“O que nos preocupa também é que impunidade é pior que o próprio atentado. Há um sentimento de insegurança que toma conta de forma epidêmica da sociedade”, destacou Efraim Filho. O parlamentar ainda criticou a posição do governo por meio da polícia federal que alega não ter condições de investigar a fundo esses crimes. “Hoje você tem uma polícia federal com diversas atribuições, um quadro restrito e sem perspectiva de amplia-lo. É um misto de impunidade e falta de condições para uma investigação profunda”, acrescentou.
Uma das propostas em discussão na Câmara dos Deputados é justamente a federalização dos crimes contra profissionais de imprensa.
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