[Editado por: Marcelo Negreiros]
Brasileiro no comando
Responsável pela diversão do navio italiano. É o brasileiro Naim José Ayub, de 60 anos, que define as festas, faz pesquisas com os próprios passageiros e escolhe os artistas que se apresentarão no teatro a bordo — essa missão inclui até mesmo a busca de DJs in loco. “Com 60 anos, comecei a ir em balada para achar DJ”, conta ele.
Ele começou a trabalhar porque queria viajar. Naim é formado em educação física e entrou no mundo dos navios por acaso. Ele começou em resorts como animador infantil e, depois, foi chamado para fazer um trabalho a bordo. Em pouco tempo, começou a trabalhar como coordenador de animação e se tornou diretor.
O mundo mudou, imagina que eu fazia cruzeiros para a antiga União Soviética. Ucrânia era União Soviética. Os navios eram pequenos, para 1,2 mil hóspedes. Hoje, chegam a 6,6 mil.
Naim Ayub
Naim ficará sete meses a bordo. Ele embarcou em 12 de novembro e vai desembarcar em 7 de junho, nos Fiordes, na Noruega. “Durante a pandemia, foi a primeira vez que passei o Natal em casa em 33 anos. As minhas lembranças eram de quando eu era criança”, pontua ele. Apesar disso, ele mantém contato com os familiares distantes — seus pais já são falecidos.
Família por perto. Ele explica que, em geral, as famílias gostam de acompanhar a rotina do trabalhador do navio. Para alguns tripulantes, é possível levar o parceiro a bordo por um mês durante a temporada. No caso do Naim, quem o acompanha é o marido. “Ele quer ver o mundo diferente,” explica. Mas nem tudo são flores. “O tempo que você tem de folga vai embora”, pontua.
[Redação]
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