Uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet na última quinta-feira (16) apontou que uma pessoa infectada pelo coronavírus desenvolve imunidade semelhante à da vacina contra a covid-19, segundo o maior estudo de comparação realizado até o momento. O levantamento considera ainda o surgimento da Ômicron e compila outros 60 trabalhos sobre o tema.
Comparação é baseada nos imunizantes da Pfizer e da Moderna
O estudo se baseou na vacina de RNA mensageiro da Pfizer e da Moderna contra a covid-19, principais imunizantes usados nas campanhas de vacinação de muitos países. Segundo a pesquisa, pessoas que tiveram covid-19 uma vez têm 88% menos risco de hospitalização ou morte pela doença, por pelo menos dez meses, em comparação com quem não teve a infecção.
Caroline Stein, coautora do estudo, ressaltou a importância da vacinação e comentou sobre os resultados. “Embora uma infecção proporcione uma proteção que diminui com o tempo, o nível desta parece tão duradouro, ou até maior, que o conferido pela vacinação”, explicou ela na pesquisa. “As vacinas continuam a ser importantes para todos, a fim de proteger as populações de alto risco, como aqueles com mais de 60 anos de idade e aqueles com comorbidades”.
Vale destacar que, apesar dos resultados indicarem que a infecção pela covid-19 pode oferecer certa proteção, os tomadores de decisão devem levar em consideração a imunidade natural e o status de vacinação para obter uma imagem completa do perfil de imunidade de um indivíduo. Dessa forma, mesmo os indivíduos já infectados devem se vacinar contra a covid-19, a fim de garantir a imunidade e, assim, evitar a transmissão do vírus.
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