Gilberto Rodríguez Orejuela, ex-traficante colombiano que construiu o Cartel de Cali, uma das organizações criminosas mais poderosas do mundo, morreu na terça-feira 31 em uma prisão na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Ele cumpriria uma pena de 30 anos por tráfico de drogas.
O “jogador de xadrez”, como era conhecido, sofria de vários problemas de saúde. No passado, havia se recuperado de um câncer. Recentemente, sofreu complicações de uma infecção por covid-19. Ele tinha 83 anos.
Rodríguez Orejuela construiu a maior organização de tráfico de cocaína do mundo, que chegou a enviar cerca de 80% da droga que entrou em território norte-americano. “Foi a organização criminosa mais sofisticada da História”, afirmou Luis Moreno, ex-embaixador dos EUA, em entrevista ao The Wall Street Journal. “Os traficantes tinham pessoas com mestrado em Harvard trabalhando para o grupo”, acrescentou o diplomata, que esteve envolvido em uma força-tarefa criada em Washington para derrubar o Cartel de Cali.
O narcotraficante foi criado em Cali, a terceira maior cidade da Colômbia. Antes farmacêutico, o “jogador de xadrez” passou de ladrão de carros e sequestrador para comandante do cartel que controlava grande parte da metrópole. Ele se tornou rival de Pablo Escobar, chefe do Cartel de Medellín, que havia declarado guerra ao Estado e aos rivais do narcotráfico.
Leia mais: “Terrorismo urbano”, reportagem de Silvio Navarro publicada na Edição 109 da Revista Oeste
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