A Alphabet, dona do Google, viveu no 3° trimestre de 2022 o que a Netflix sentiu no primeiro semestre do ano: o pior momento da década. No resultado financeiro apresentado aos investidores na noite desta terça-feira, 25, o Google desacelerou.
O lucro foi de US$ 13,9 bilhões, queda de 26,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, quando a companhia registrou US$ 18,9 bilhões.
A receita – o dinheiro que entra no caixa da empresa pela venda de um serviço ou produto – foi de US$ 69 bilhões, alta de 6,10%, menor do que o esperado pelo mercado de US$ 70,5 bilhões. No terceiro trimestre de 2021, o aumento na receita da gigante americana foi de 41%.
No pós-mercado da bolsa de Nasdaq, em Nova York, as ações da empresa caíam quase 7%. Os números do trimestre são atribuídos basicamente pelos cortes de gastos de anunciantes. O Google depende em grande parte de anúncios digitais – do site de buscas ao YouTube.
O site de vídeos registrou encolhimento nos anúncios. A receita de publicidade no YouTube foi de US$ 7,07 bilhões, queda de 2% na base anual.
Ao longo do último trimestre, o CEO da Alphabet Sundar Pichai ressaltava que precisava cortar custos, citando desafios econômicos com uma possível recessão, inflação crescente nos Estados Unidos e aumento das taxas de juros que costumam azedar o mercado de ações.
Em setembro, ele chegou a dizer que queria tornar a empresa 20% mais eficiente, o que poderia levar a demissões. Atualmente, o Google emprega 180 mil profissionais no mundo.
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