Você sabia que o preço dos medicamentos vai aumentar? O governo federal definiu as taxas de reajuste que vão valer a partir de 1º abril.
O reajuste de medicamentos é um mecanismo que permite às empresas farmacêuticas alterarem os preços dos seus produtos uma vez por ano. Esse reajuste é calculado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), um órgão vinculado ao Ministério da Saúde, que leva em conta a inflação, os custos de produção e a concorrência do mercado.
O reajuste não é um tabelamento de preços, ou seja, não significa que todos os medicamentos terão o mesmo aumento. A Cmed define um valor máximo que cada remédio pode custar nas farmácias, mas as empresas podem praticar preços menores, de acordo com suas estratégias comerciais.
De acordo com a medida publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (31), os medicamentos terão um aumento máximo de até 5,6% em 2023. Esse índice é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, acumulado em 12 meses, até fevereiro de cada ano.
O reajuste será aplicado em três faixas diferentes, de acordo com o nível de concorrência dos medicamentos:
- Faixa 1: medicamentos com maior concorrência, como genéricos e similares. Reajuste de até 5,6%.
- Faixa 2: medicamentos com concorrência moderada, como os de referência. Reajuste de até 4,6%.
- Faixa 3: medicamentos com baixa concorrência, como os de uso hospitalar e os novos no mercado. Reajuste de até 3,6%.
O reajuste dos medicamentos pode pesar no orçamento dos consumidores, especialmente daqueles que dependem de tratamentos contínuos ou que precisam comprar remédios com frequência. Além disso, o setor farmacêutico enfrenta desafios como a pandemia da Covid-19, que aumentou a demanda por alguns produtos e elevou os custos com logística e insumos. A crise na Ucrânia também pode afetar o fornecimento de alguns componentes usados na fabricação dos remédios.
No entanto, o reajuste não é automático nem imediato. As empresas têm até 30 dias para informar à Cmed os novos preços praticados e as farmácias podem demorar para repassar o aumento aos consumidores, dependendo da reposição dos estoques e das promoções vigentes.
Uma das formas mais eficazes de economizar na compra de medicamentos é pesquisar os preços em diferentes farmácias e drogarias. Como o reajuste não é um tabelamento, os valores podem variar bastante entre os estabelecimentos. Além disso, é importante verificar se há descontos para clientes cadastrados ou para pagamentos à vista ou no cartão.
Outra dica é optar pelos medicamentos genéricos ou similares sempre que possível. Esses produtos têm a mesma qualidade e eficácia dos medicamentos de referência, mas costumam ser mais baratos. Para isso, é preciso ter a receita médica em mãos e conferir se o nome do princípio ativo está escrito na embalagem.
Por fim, vale a pena consultar o seu médico ou farmacêutico sobre a possibilidade de substituir alguns medicamentos por outros mais acessíveis ou por alternativas naturais. Mas lembre-se: nunca faça isso por conta própria, pois pode colocar a sua saúde em risco.
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