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Como Perder… Sempre

[Editado por: Marcelo Negreiros]

Nenhum regime anterior na história independente do Brasil perseguiu a regressão da nação de forma tão cruel quanto o atual consórcio Lula-STF. Não se trata de um ataque sem precedentes à democracia, ao Estado de Direito ou à segurança pública. Desta vez, o foco não está na construção progressiva de uma ditadura civil por Lula, pela extrema esquerda e pelo Supremo Tribunal Federal. Não se trata da corrupção que agora grassa sem ser controlada por qualquer mecanismo moderador, nem da incompetência arraigada do setor público, ou de sua pura desonestidade. Não se trata apenas de um aparato estatal favorecendo abertamente criminosos em detrimento do cidadão comum. O verdadeiro horror é a destruição deliberada, consagrada como política de Estado, de qualquer perspectiva de o Brasil alcançar a liberdade econômica, de seu povo adquirir conhecimento que promova genuíno avanço social e de criar oportunidades vitais para a geração de riqueza, progresso pessoal merecido e prosperidade material por meio do trabalho honesto.

Há dois anos e meio, o regime Lula-STF tem sistematicamente minado cada uma dessas aspirações fundamentais. Pense em qualquer política capaz de consolidar a miséria, concentrar riqueza e garantir que o Brasil continue com os piores índices de educação do mundo, ou em uma estratégia pública para preservar a ignorância — Lula, a esquerda e o STF já a implementaram e pretendem criar ainda mais. Transformar a geração de empregos em um luxo inacessível para empresas privadas? O governo faz isso diariamente. Obrigar os brasileiros a trabalhar cinco meses por ano apenas para pagar impostos? É exatamente onde estamos hoje, enfrentando uma clara tendência de escalada; a mais recente tentativa de piorar ainda mais as coisas é o aumento desesperado do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). ( Veja o artigo de Carlo Cauti nesta edição .)

Imagine um cenário em que todos os estados do Nordeste do Brasil tenham mais pessoas recebendo o Bolsa Família (programa de transferência de renda para famílias de baixa renda) do que pessoas ativamente empregadas. Essa é exatamente a realidade atual, e o governo a alardeia como evidência de “progresso social”. No caso extremo do Maranhão, o número de pessoas que recebem o auxílio mensal do “Lula-3” é o dobro do número de trabalhadores efetivos.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Simone Tebet, ministra do Planejamento e Orçamento, durante divulgação dos dados do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 2º bimestre de 2025, em Brasília, DF (22/5/2025) | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A hostilidade rancorosa do Poder Público em relação às empresas, à iniciativa privada e à iniciativa privada — especialmente entre os pobres — talvez seja o fundamento mais inegociável da doutrina Lula-STF. Todos eles, com raríssimas exceções, prefeririam morrer a abrir mão da propriedade privada ilimitada por qualquer meio necessário, desde que essa propriedade seja sua. Mas detestam, velada ou abertamente, a própria existência de empreendedores e de um mundo empresarial onde o governo (ou seja, eles próprios) não exerce qualquer influência. Dentro da filosofia desse regime, uma empresa privada equivale a uma empresa criminosa, e uma “boa” empresa criminosa é um morto-vivo. É tolerada — porém, sua única função, como a do cidadão comum, é pagar impostos para manter o Estado cada vez mais rico. É um ato de confisco perpétuo. Para o consórcio Lula-STF, as empresas servem exclusivamente como agentes arrecadadores de impostos — o lucro, assim como a própria empresa, é tratado como “um mal necessário”, justificado apenas se canalizar dinheiro para o Tesouro Nacional. Caso falhe nesse dever singular, a empresa será liquidada e seus remanescentes absorvidos pelo Estado.

Não há “discurso de ódio” tão extremo no Brasil hoje quanto o que o governo dirige contra a iniciativa privada. “Eles me dizem que têm vagas de emprego em empresas e não conseguem preenchê-las porque ninguém quer trabalhar por causa do Bolsa Família”, declarou Lula em um recente desabafo, particularmente enfurecido. “Se pagassem melhores salários, todos ficariam com os empregos.” Lula já disse que os empresários brasileiros pagam “pouco imposto”. Antes disso, ele rotulou as empresas de “gananciosas” por buscarem lucro em vez de “justiça social” — e afirmou que os empresários “não trabalham”, mas são parasitas que se beneficiam apenas do esforço feito “pelos trabalhadores”. Lula e o regime não entendem que, ao contratar alguém por R$ 2.000 por mês, por exemplo, uma empresa gastará de R$ 3.500 a R$ 6.000 para cobrir o pesadelo dos “encargos sociais” (impostos e benefícios da folha de pagamento). Eles acham que podem simplesmente entregar dinheiro ao empregado, extorquindo-o do empregador — até que, inevitavelmente, o empregador fique sem nada.

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República, durante evento em Salgueiro, PE (28/5/2025) | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Toda a política econômica do regime atual se baseia no princípio de um canalha: o de que o Estado deve acumular fundos — quanto mais, melhor — e ditar como eles serão distribuídos. Toda a sua política social se baseia em outra premissa enganosa: a de que o aumento da renda da população e, portanto, a erradicação da pobreza, deve advir exclusivamente de esmolas distribuídas por meio de “programas sociais” governamentais. Ambas as ideias são falsas. O Estado não tem, nunca teve e nunca terá um único centavo próprio. Todo o dinheiro do país pertence aos seus cidadãos e foi produzido pelo seu trabalho; cada centavo que o governo gasta, seja no Bolsa Família ou em um submarino nuclear, nos shows de Gilberto Gil ou nas viagens de Janja, sai diretamente do seu bolso. Da mesma forma, ninguém escapa da pobreza com dinheiro público — a menos, é claro, que o roube ou receba salários de emir de Dubai, como os ricos da máquina estatal. Os pobres só deixam de ser pobres quando a demanda por sua mão de obra excede a oferta de mão de obra — ou quando suas qualificações profissionais são o que o mercado precisa. Ponto final.

É rigorosamente impossível escapar da pobreza com um governo que profere essas duas falsidades repetidamente. Poderia haver ilustração mais vívida do que a própria trajetória do Brasil? Por 22 anos, exceto pelos breves períodos de Temer e Bolsonaro, o país foi governado por Lula e pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Se suas “políticas sociais” foram realmente eficazes, por que raios o Brasil continua a ter uma Classe D (ou E, F, G) vivendo nos piores níveis de miséria do mundo? Por que a disparidade de renda entre um juiz que ganha R$ 50.000 por mês (ou Deus sabe quanto) e os pobres se tornou tão grotescamente maior durante esse período? Mais de duas décadas de “lulismo”, agora em parceria com o Supremo Tribunal Federal, não foram suficientes para tirar o Brasil da pobreza — isso, pelo menos, é óbvio. Pelo contrário: as ideias da esquerda, se é que podem ser chamadas de ideias, sua conduta e seu arcabouço ético-moral são garantias concretas de que nenhuma sociedade pode progredir fazendo o que o Brasil vem fazendo desde 2003.

José Dirceu, então chefe da Casa Civil, presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, na solenidade de lançamento do pacote de medidas de microcrédito, em Brasília (25/6/2003) | Foto: Marcello Casal Junior/ABr

O regime Lula-STF oferece uma lição fundamental aos brasileiros, superando todas as outras em seu currículo: “Como construir um país perdedor”. Ninguém no mundo hoje sabe fazer isso tão bem quanto eles. Ao optarem pelo crime, transformaram o Brasil em uma nação onde o Estado não garante mais a vida de seus cidadãos; hoje, estamos entre os países com os piores índices de homicídios e crimes violentos do mundo. O Bolsa Família é distribuído para 52 milhões de pessoas, mais da metade da população ativa; somados aos 24 milhões de aposentados, são 76 milhões de adultos desempregados em uma população de 200 milhões. Não há explicação racional para esse paradoxo. O Estado, em todos os níveis, arrecadará R$ 4 trilhões (isso mesmo, trilhões) e continua falido. Ele cresce cada vez mais inchado com o dinheiro extorquido dos cidadãos; seus magnatas vivem cada vez melhor, seus serviços se tornam cada vez mais caros (o Judiciário brasileiro é o mais caro do mundo), e as massas pobres continuam pobres, porque os 4 trilhões não são para elas.

O Brasil está retornando aos tempos coloniais, quando a Coroa Portuguesa proibia a manufatura local, a impressão de livros e a exportação de qualquer coisa que não fosse ouro, pau-brasil e cana-de-açúcar. Com exceção dos jatos da Embraer, uma empresa privada, ninguém no planeta quer comprar um único produto moderno da indústria brasileira. Este é o pior selo de qualidade que uma economia moderna poderia ter; para ser um grande player hoje, a indústria precisa necessariamente produzir bens que possam ser vendidos em qualquer mercado do mundo, com base em sua qualidade, preço e garantias. Mas garantias para quê, com Fernando Haddad como ministro da Economia? E como oferecer qualidade e preços competitivos se o nível de produtividade do Brasil, prejudicado por uma burocracia suicida, infraestrutura precária, ódio ao capitalismo, além de uma carga tributária exorbitante, está entre os piores do mundo? Em oposição direta ao imperativo contemporâneo de maior internacionalização e engajamento mais profundo com a vanguarda econômica global, o Brasil se transformou em uma paróquia perdida no meio do nada. Nada demonstra isso de forma mais gritante do que a patética participação de 1% do Brasil no comércio global hoje — justamente quando Lula e Janja se consideram uma potência global.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministro Fernando Haddad, durante cerimônia de lançamento do programa Crédito do Trabalhador, em Brasília, DF (12/3/2025) | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Pior do que tudo, talvez, seja a manutenção persistente e proposital do Brasil como uma das nações mais ignorantes do mundo — consequência direta e indiscutível do controle do PT sobre a educação pública brasileira. Temos os piores desempenhos globais, raspando o fundo do poço, em matemática elementar, compreensão de textos simples, ciências, raciocínio lógico, habilidades básicas de expressão — um verdadeiro pesadelo. Como poderia ser diferente, com a educação pública contaminada até a última célula pelo “método Paulo Freire” — possivelmente a ferramenta pedagógica mais eficaz da história para a produção em massa de analfabetismo? Tudo o que o método não mata, as milícias educacionais do PT-PSOL mutilam. A principal arma em seu arsenal de sabotagem é a noção de que a escola “não é lugar de aprender, mas de formar cidadãos”. O resultado concreto é que as crianças de hoje aprendem tudo na escola, exceto três coisas: como ler, como escrever e como fazer contas.

Neste exato momento, aliás, o “esquadrão da morte” do regime Lula-STF está a todo vapor elaborando seu novo “plano nacional de educação”, ou seja lá o que for. Só para se ter uma ideia: uma pedagoga desse “lago de pesca” acadêmico afirmou, em uma das “reuniões” para discutir o tema, que, na visão dela, a matemática deveria ter a mesma importância que o ensino da diversidade, das opções sexuais etc. O Brasil terá sorte se parar por aí — com “a mesma importância”. O que eles realmente querem é que as crianças saiam da escola sabendo tudo sobre transgêneros e sem a mínima ideia do que seja a Regra de Três. Se em nada menos que os Estados Unidos o presidente Trump decidiu fechar o Departamento de Educação por seu papel em envenenar a educação, imagine a situação aqui. Essa é a maior linha de montagem de semianalfabetos da história nacional — ela molda cidadãos para um mercado de trabalho de entregadores, frentistas e vendedores ambulantes.

Camilo Santana, ministro da Educação, durante reunião de ministros e reitores de universidades, no Palácio do Planalto, em Brasília, DF (27/5/2025) |?Foto: Audiovisual/PR

Neste mandato, finalmente o último, Lula desenvolveu positivamente um talento infalível para, diante de duas ou mais opções, escolher invariavelmente, sem exceção até agora, a errada. Numa era em que até Papua-Nova Guiné quer estar na vanguarda da tecnologia, Lula empurra o Brasil de volta à Idade da Pedra. “Ele não é digital”, resume Janja. As últimas duas décadas de governança lulista coincidiram com um período de saltos tecnológicos monumentais; o Brasil, no entanto, permaneceu rigorosamente à margem de tudo isso, como um imbecil que aponta para o céu e só vê a própria mão. Agora, ele está fixado nos foguetes espaciais de Elon Musk — ele é “contra” eles, assim como Alexandre de Moraes é contra a mera existência de celulares. Entre a democracia israelense e os crimes do Hamas, ele fica do lado do Hamas. Entre eleições limpas e o roubo eleitoral de Maduro, ele fica do lado de Maduro. Num momento em que o mundo inteiro, começando pela China, está quebrando a cabeça para negociar com Trump, ele se considera o líder global contra os Estados Unidos.

Não se preocupe em procurar por nada certo; você só vai perder tempo. A boa notícia, como sempre, é que hoje não é amanhã; Lula vai embora, mas o Brasil permanece, e o Brasil é muito maior do que a capacidade destrutiva do regime Lula-STF. Eles podem aleijar, mas não podem matar. Quando a hemorragia parar, o organismo brasileiro se regenerará, pois este é um país que tem a energia, a força e as circunstâncias para deixar esses anões oportunistas e sua cidade fantasma de Brasília comendo poeira. Cada dia que passa é um dia a menos para eles.

Leia também “O Trump que a imprensa se recusa a ver”

[Oeste]

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