O senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu na sexta-feira 18 a revogação de portarias que liberaram o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para tratamento da covid-19 pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.
“A saúde foi uma das áreas onde eles mais baixaram decretos e normas e portarias absurdas. Recomendação de cloroquina para as pessoas tomarem para enfrentar a pandemia. Tudo a gente vai levantar”, disse. O senador esteve pela manhã de ontem no Centro Cultural Banco do Brasil, sede do governo de transição.
Em maio de 2020, o Ministério da Saúde recomendou o uso dos medicamentos para o tratamento precoce da doença causada pelo coronavírus.
A hidroxicloroquina é uma parente menos tóxica da cloroquina, de uma geração mais avançada, e conhecida pelo nome comercial Reuquinol. É usada no tratamento da malária desde os anos 1930 e indicada no combate a males como artrite reumatoide e lúpus. Em 2003, o remédio já se mostrara eficaz no combate à síndrome respiratória aguda severa (sars), doença que surgiu na China em 2002 e cujo agente infeccioso também pertence ao grupo coronavírus.
A equipe também deve se reunir na semana que vem com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para solicitar informações sobre abastecimento de medicamentos, vacinação para covid e de modo geral, entre outros assuntos.
Quem é Humberto Costa
Costa é um dos cotados para assumir o Ministério da Saúde, pasta que ele já comandou de 2003 a 2005. Ele também integra o grupo sobre o tema no governo de transição. O senador era ministro de Lula quando estourou o caso da “máfia das ambulâncias”, em 2006. Anos mais tarde, Costa também apareceu na lista de pagamento de propinas da Odebrecht, sob o codinome “Drácula”. Ele teria recebido R$ 1 milhão para beneficiar a empreiteira, mas o caso foi arquivado pelo STF no ano passado.
Leia também: “Transição ao passado”, reportagem publicada na Edição 139 da Revista Oeste
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