O Itamaraty criticou a visita do ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém. Em nota divulgada à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que “acompanhou com grande preocupação a incursão do ministro”.
O comunicado também pede que “o status quo histórico de Jerusalém” seja respeitado”. Adinte, o documento pondera: “Ações que, por sua própria natureza, incitam à alteração do status de lugares sagrados em Jerusalém constituem violação do dever de zelar pelo entendimento mútuo, pela tolerância e pela paz”.
“O Brasil reitera o seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz, em segurança e dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.
O novo posicionamento do Itamaraty mostra mudança na aproximação que o ex-presidente Jair Bolsonaro fez com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
No discurso de posse, o novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que o Brasil vai voltar a se posicionar de forma “equilibrada e tradicional” em relação aos conflitos entre Israel e Palestina.
O governo israelense afirmou que a visita do ministro obedeceu ao acordo que prevê que não-muçulmanos podem visitar a mesquita, desde que não rezem no local.
A Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, chamada de Monte do Templo pelos judeus, é considerada sagrada. Com entrada livre a não-muçulmanos, o local é considerado um símbolo do nacionalismo palestino.
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