O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara do Distrito Federal, teve o veículo que dirigia atacado nesta quinta-feira, 7, em Brasília, por fezes de animais, ovos e terra. O magistrado foi o responsável, no final de junho, pelo mandado de prisão preventiva do ex-ministro Milton Ribeiro, responsável pelo Ministério da Educação (MEC) no governo Jair Bolsonaro até março passado.
Segundo informações do Portal G1, o carro do magistrado não se feriu. O caso foi encaminhado para o Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que irá apurar os fatos.
Ribeiro teve o mandado de prisão preventiva decretado pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. O ministro foi preso em Santos, no litoral de São Paulo. O mandado determinava que o ex-ministro fosse levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e que a audiência de custódia acontecesse na capital federal. A audiência, contudo, foi suspensa depois que o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), suspendeu a prisão.
No fim de março, Milton Ribeiro foi substituído no MEC por Victor Godoy Veiga e passou a ser investigado pela Comissão de Educação do Senado, junto com o presidente do FNDE, Marcelo Lopes da Ponte.
Ex-ministro
Milton Ribeiro é investigado sobre suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura em esquema de liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para prefeituras. A PF se debruça sobre indícios de cobrança de propina para liberação de recursos.
O inquérito contra o ex-ministro e outros envolvidos foi aberto depois do vazamento de áudios, em março, em que Ribeiro afirmava que repassava verbas a municípios indicados por Gilmar Santos, supostamente a pedido de Bolsonaro.
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