A Justiça Eleitoral deu um passo firme contra o abuso de poder econômico nas eleições ao cassar os mandatos do prefeito e vice de Condado, Caio Paixão e Francisco Júnior. A sentença, proferida com notável rigor técnico e independência pela juíza Isabella Joseanne Assunção, representa um marco na luta contra práticas ilegais que perpetuam oligarquias políticas em municípios brasileiros.
A magistrada reconheceu e acolheu as denúncias apresentadas pelo Ministério Público Eleitoral, baseadas em provas robustas de que houve uso da máquina pública para fins eleitorais nas eleições de 2024. A ação, movida por coligação adversária, escancarou uma disputa desigual impulsionada por estrutura financeira e logística incompatíveis com a legalidade do processo democrático.
Com firmeza, a juíza Isabella Assunção não apenas declarou a cassação dos mandatos, como também convocou novas eleições no município, afirmando a necessidade de restaurar a equidade no processo eleitoral. Sua atuação reafirma o compromisso da Justiça com a lisura e o respeito aos princípios democráticos, sobretudo em um cenário onde o poder econômico tende a suprimir a vontade popular.
A decisão soma-se a outras sentenças semelhantes proferidas em diferentes partes do país e reforça a atuação da Justiça Eleitoral quando devidamente provocada. No caso de Condado, Caio Paixão – que já vinha se mantendo no poder com uso reiterado da estrutura pública – foi condenado a oito anos de inelegibilidade, ao lado do vice-prefeito Francisco Júnior, igualmente responsabilizado.
Em tom de desafio, o prefeito cassado afirmou que pretende reverter a decisão no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), valendo-se de sua “força política e financeira”. A declaração, se confirmada, revela um grave desrespeito à independência dos magistrados e à dignidade da Corte Eleitoral. Cabe agora ao TRE-PB, diante de tais afirmações, responder à altura e analisar o processo com a seriedade que o caso requer.
A juíza Isabella Assunção, reconhecida por sua imparcialidade e compromisso com a ética, demonstra que o Judiciário paraibano pode — e deve — atuar como guardião da democracia, especialmente contra aqueles que, no poder, acreditam estar acima da lei.

Redação
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