A Suprema Corte da África do Sul decidiu, nesta segunda-feira, 21, que a soltura do ex-presidente Jacob Zuma, que liderou o país entre 2009 e 2018, é ilegal. Assim, Zuma tem de retornar à prisão, para cumprir sua sentença por desacato à Justiça.
Em julho de 2021, Zuma foi condenado a 15 meses de prisão, depois de ignorar uma ordem judicial para testemunhar em um inquérito que investiga corrupção generalizada durante seus nove anos de governo.
A prisão do ex-presidente da África do Sul gerou uma onda de saques e violência, com ao menos 337 mortos. Dois meses depois, ele foi colocado em liberdade condicional, por motivos de saúde. Zuma ainda pode recorrer da decisão que determina seu retorno à prisão.
A acusação de corrupção
Zuma foi afastado do poder, acusado de corrupção em larga escala dentro do Partido Nacional do Congresso Africano. O político tinha status de herói nacional, por lutar contra a política de apartheid, ao lado de Nelson Mandela.
Mas, segundo o jornal New York Times, ele já era acusado de corrupção antes mesmo de ser eleito. Segundo o atual presidente, Cyril Ramaphosa, no mandato de Zuma, “dezenas de bilhões de dólares” foram desviados dos cofres públicos. Além disso, seu governo deixou a economia estagnada e com altos índices de desemprego.
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