A Justiça do Rio de Janeiro autorizou o Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira a emprestarem R$ 2 bilhões para a Americanas. Os três são os acionistas de referência da varejista, que enfrenta um processo de recuperação judicial, em meio à maior crise de sua história.
Pela decisão do juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro, o empréstimo do trio liderado por Lemann ocorrerá por meio de um tipo de debênture autorizado em recuperações judiciais. De acordo com o jornal, o Estado de S.Paulo, o valor deve entrar no caixa da empresa em dois momentos.
No primeiro, haverá o “desembolso imediato e emergencial” de R$ 1 bilhão pelos acionistas de referência. No segundo, caso não apareçam outros credores interessados, o trio também vai arcar com o bilhão restante.
De acordo com os advogados da Americanas, o empréstimo “é realizado em condições de mercado extremamente favoráveis à companhia e, inclusive, com remuneração definida com base no custo médio de financiamento” antes de 11 de janeiro. A data marca o início da crise na empresa.
Em 11 de janeiro, a varejista publicou um comunicado ao mercado avisando sobre “inconsistências” no caixa. O texto informou ainda que Sergio Rial, então CEO da companhia e autor da descoberta, estava se desligando do cargo.
No dia seguinte, Rial revelou que as “inconsistências” formavam um rombo estimado em R$ 20 bilhões. Na esteira da revelação, a empresa entrou com o pedido de recuperação em curso. No processo, a companhia cita dívidas que somam cerca de R$ 40 bilhões.
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