Um monstro implacável de diversos tentáculos, alguns bem visíveis, outros difíceis de se identificar. Assim é o Estado brasileiro descrito no livro O Moedor de Pobres, de Alexandre Ostrowiecki. A obra aponta para a burocracia como o principal problema do país, quase que uma epidemia que corrompe o serviço público à população.

O livro percorre várias esferas de poder e descreve o Estado brasileiro como “um sádico obeso que rouba os que estão embaixo para dar aos grupinhos de cima, encastelados no poder”. O livro mapeia a burocracia paralisante presente em impostos, legislações diversas e na composição de governos.

“O Brasil é o inferno dos empreendedores, o terror de quem quer gerar emprego e riquezas. Quem produz é tratado como bandido e atrapalhado por um caminhão de burocracias e regras sem sentido. Os humildes pagam um percentual de imposto maior que os bilionários, o feirante paga IPVA no seu veículo de trabalho enquanto o rico tem helicóptero isento, a doméstica financia faculdade grátis do filho da patroa, enquanto seu marido pedreiro financia, via FGTS, os juros subsidiados das grandes empreiteiras. O vendedor de pipoca banca show de funk de artista rico, via Lei Rouanet”, argumenta o livro.

Imagem: reprodução

O livro é escrito por Alexandre Ostrowiecki, criador do Ranking dos Políticos, ferramenta de avaliação de deputados federais e senadores em exercício do cargo. CEO da Multilaser, empresa de eletroeletrônicos e informática, o autor descreveu as mazelas do sistema político brasileiro no livro lançado em 2021 pela LVM Editora.

Em entrevista a Oeste em março deste ano, Ostrowiecki falou sobre as motivações que o levaram a tratar da burocracia brasileira em O Moedor de Pobres.

“O livro é uma resposta ao anseio de participar da melhoria do país. Todos os cidadãos têm duas opções na vida: a primeira delas, a trincheira. Isso significa lutar por um país mais justo, com menos miséria, menos corrupção e menos crime. A outra opção é o sofá. Apesar de a segunda alternativa parecer mais confortável, penso que meu propósito de vida se encaixa melhor na trincheira.”

Leia também: “O Estado brasileiro é um Robin Hood ao contrário”, entrevista com Alexandre Ostrowiecki na Edição 105 da Revista Oeste.





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