O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), garantiu nesta quarta-feira, 9, não intervir nas eleições para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Hoje, Lula encontrou-se com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“Não cabe ao presidente interferir no Senado ou na Câmara”, declarou o petista, em coletiva de imprensa nesta tarde, em Brasília.
Conforme noticiou Oeste, no evento Lula buscou um acordo com ambos a fim de realizar mudanças no Orçamento da União de 2023. A perspectiva do petista é conquistar apoio dos parlamentares, para implementar as medidas prometidas em sua campanha já no começo de 2023.
PEC da transição
De acordo com fontes ouvidas por Oeste, ainda que o valor das promessas do novo governo seja considerado por Lira e Pacheco como elevado — cerca de R$ 300 bilhões —, Lula não deve encontrar entraves por parte de nenhum dos dois. Ambos apostam no apoio à governabilidade de Lula, para que possam ter a chance de se manter nas presidências das respectivas Casas.
Para cumprir as promessas da campanha de Lula, aliados do petista estão apostando em uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da transição. Ainda hoje, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG), líder da sigla na Câmara, afirmou que Lula tem preferência pela PEC.
Hoje, Lira afirmou que a PEC será votada no Congresso até 15 de dezembro deste ano. Antes de ser promulgada, a proposta vai precisar de ter dois turnos de votação na Câmara e depois outros dois turnos de votação no Senado. O valor da PEC, que pode chegar a R$ 300 bilhões, ainda não foi oficializado.
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