A troca de comando do Exército Brasileiro feita de forma intempestiva por ordem do presidente Lula não foi o único ato de grande impacto do atual presidente. Depois de conversas com aliados, lula tomou conhecimento de que uma das unidades militares mais especializadas e de pronto uso estariam em breve sob o comando de um oficial do círculo de confiança do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A visão do entorno de Lula era de que os militares de operações especiais, os comandos, encarregados de – caso necessário – dar o primeiro combate em caso de ataques contra o Palácio do Planalto ou outras situações de emergência, não poderiam passar para as mãos do Tenente Coronel Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A solicitação para vetar Cid por muitos foi interpretada como um teste de status e – principalmente – de autoridade. A partir da determinação, imprensa e sociedade voltaram os olhos para o Exército com o objetivo de verificar se a força terrestre de fato se curvaria debaixo da autoridade do Comandante em Chefe, prerrogativa que agora está nas mãos de um presidente oriundo do Partido dos Trabalhadores.

Segundo nota divulgada pela força terrestre, o próprio tenente coronel teria solicitado o cancelamento da sua nomeação. Mas, na visão de militares ouvidos pela Revista Sociedade Militar, ele provavelmente foi orientado a fazer esse pedido para “não gerar mal estar” ou colocar o Exército em choque com o novo presidente.

Ele foi muito exposto, se quer manter alguma chance de chegar ao generalato, vai se submeter a tudo que lhe for solicitado, deve ter sido orientado a pedir adiamento para facilitar as coisas e gerar mal estar entre o Comandante e o novo presidente…“, diz um militar, que obviamente – como de costume – não quer ser identificado.

Veja o documento interno que cancelou a nomeação do Coronel Cid como comandante do Batalhão de Ações de Comandos. A informação foi veiculada em primeira mão pelo site montedo.com

Por Sociedade Militar

By Marcelo Negreiros

Jornalista militando na profissão desde 1985, trabalhando nas TVs Paraíba e Cabo Branco, afiliadas Rede Globo na Paraíba, durante 15 anos. Diplomado em 2001 pelas Faculdades Integradas de Patos.

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