[Editado por: Marcelo Negreiros]
Em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) alterou a forma de correção dos saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Com efeito, a partir de 2025, a correção passará a ser feita usando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida que substitui a fórmula anterior, baseada na Taxa Referencial (TR) mais 3% ao ano. Tal mudança promete aumentar os rendimentos dos trabalhadores, fortalecendo o poder de compra e contribuindo para a estabilidade econômica no país.
O FGTS é considerado uma reserva financeira importante para os trabalhadores brasileiros, funcionando como uma poupança forçada que pode ser usada em momentos cruciais da vida, como na aquisição da casa própria ou na aposentadoria. A velha forma de cálculo não acompanhava a inflação, gerando perdas no poder aquisitivo dos beneficiários ao longo dos anos. Com a nova formulação baseada no IPCA, espera-se uma correção mais justa e alinhada ao custo de realidade das pessoas.
O que muda com a nova fórmula de correção do FGTS?
A principal mudança é a substituição da TR pelo IPCA como índice de correção. Isso significa que, sempre que a inflação for superior à soma da TR com 3%, os rendimentos do FGTS serão ajustados para refletir adequadamente a inflação. Essa modificação estava sendo discutida há anos e é vista como uma vitória para os trabalhadores, que não verão mais a erosão do seu poder de compra em relação ao dinheiro depositado no FGTS.
Qual o impacto financeiro esperado com a nova regra do FGTS?
O governo estima que essa alteração no cálculo do FGTS poderá representar um custo adicional de cerca de 8,6 bilhões de reais nos próximos quatro anos. No entanto, essa medida visa beneficiar diretamente milhões de trabalhadores, trazendo mais equidade na forma como seus recursos são atualizados. Só serão afetados futuros depósitos, e a distribuição de lucros dos saldos atuais continuará a ocorrer conforme a regra antiga.
Benefícios concretos para os trabalhadores com a nova regra do FGTS?
Segundo avaliações de especialistas como Diego Alberto Martins Gonçalves, essa nova metodologia de correção fará com que os saldos do FGTS reflitam mais fielmente a evolução da inflação, evitando perdas significativas de valor ao longo do tempo. Para ilustrar, um saldo inicial de R$ 10.000 reais, ao fim de um ano, poderia render até R$ 40 a mais comparado ao método anterior. Isso significa um ganho adicional que, embora pareça pequeno, pode acumular uma diferença substancial ao longo dos anos.
Próximos passos após a decisão do STF
A implementação efetiva desta nova regra de correção ainda depende da publicação oficial da decisão pelo STF e de eventuais recursos que podem ser apresentados. A expectativa é que, uma vez resolvidas essas questões burocráticas, os trabalhadores comecem a sentir os efeitos dessa mudança positiva em seus FGTS a partir de 2025, marcando um novo capítulo na gestão desses recursos tão importantes para o trabalhador brasileiro.
[Redação]
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