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Meu silêncio é minha maior contribuição

Por : Marcos Nogueira – Jornalista

“Meu silêncio é minha maior contribuição”.

Frase da vice-governadora da Paraíba, Lígia Feliciano, referindo-se a Ricardo Coutinho ex-governador paraibano, envolvido na Operação Calvário, que desviou milhões de reais da Cruz Vermelha.
Ela foi bem clara: “Minha contribuição a Ricardo Coutinho é o meu silêncio”. Isso quando o ex-mandatário da Paraíba se insinuou contra sua pessoa. Mas vamos detalhar o caso.
Primeiro, Ricardo Coutinho não quis deixar o governo para concorrer a uma mais que certa cadeira no Senado. Depois, ele declara que não confia em Lígia Feliciano e que odeia um filho seu. “Não o deixo entrar no meu gabinete”. E Lígia, ainda com o mandato de vice-governadora, se lança candidata ao governo do Estado. E na sua peregrinação, nos cochichos, diz ter muita coisa para dizer, além das promessas normais de um candidato. No alfoje traz seu esposo, Damião Feliciano, deputado federal, mas com pouquíssimas condições de reeleição. Aí acontece o ” milagre!” É chamada no Palácio da Redenção, levada para a granja Santana e novamente convidada a ser candidata a vice-governador, com a garantia de eleição do esposo. E ela desiste de tudo… até de falar as verdades que ainda esconde no seu silêncio, o silêncio que ela fez ver a Ricardo Coutinho, deixando claro que não era uma simples espectadora, mas alguém inteligente, capaz de ter gravado em mente e de maneira material, o que viu e ouviu, relacionado com a Cruz Vermelha, deixando bem evidente ao ‘gritar’ para o chefe da quadrilha, Ricardo Coutinho, que seu silêncio era de grande valia para si, pois estava, e está, oculto todo um ciclo vicioso de desonestidade, que não fica unicamente na Cruz Vermelha, que vai à Educação, Detran, Cagepa, enfim, a todos os locais onde foi possível fazer rapinagem, tendo o aval de deputados federais, senadores, deputados estaduais, vereadores, secretários de Estado e outros patifes que infelizmente inundam a sociedade paraibana, com trânsito pela justiça, tribunal de contas e por tudo que o dinheiro pode comprar! Isso que alguns não sabiam o que se passava e que vinha ocorrendo em relação a esses desvios de dinheiro, às propinas, capazes de eleger um “poste” ou um paspalhão-como disse Ricardo Coutinho- é balela.
Todos tinham conhecimento, pois seria inadmissível, até pelo histórico de campanhas políticas em nosso solo, que João Azevedo ganhasse da maneira que ganhou, com vitória em toda a Paraíba e elegendo, principalmente, duas candidatas que não seriam nem vereadoras em João Pessoa, respectivamente, Estela Bezerra e Cida Ramos. E se a Operação Calvário estender seus tentáculos, com certeza vai pegar outros políticos. Talvez, aqui mesmo, em Patos.
Como diz a letra da música: “Tem mais gente, minha gente…!”
Não vamos nos alongar. É cansativo. Mas, aos poucos, vamos procurando mostrar a verdadeira face da nossa política. E vai ter um bom espaço para nossa querida Patos!

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