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Mídia estatal chinesa qualifica ex-premiê japonês como ‘figura controversa’

O jornal estatal chinês Global Times relatou o assassinato de Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro japonês, em tom repreensível. Segundo o periódico, “as forças de direita japonesas podem usar esse incidente para impulsionar a tendência de transformação conservadora da Ásia”.

A matéria lamenta que “os partidários de Abe continuem a promover um Indo-Pacífico livre e aberto e outras políticas liberais, que trazem mais riscos de segurança para a geopolítica do nordeste da Ásia”.

Em uma de suas publicações, o Global Times afirma que “Abe é lembrado  como uma figura controversa, que arruinou as relações bilaterais” entre a China e o Japão. O jornal estatal chinês ainda qualifica Abe como “traidor”.

Abe era anticomunista e lutou durante anos para reduzir a influência chinesa na Ásia. Ele manteve essa ideia habilmente, ao mesmo tempo em que adotava uma postura nacionalista contra as políticas pós-Segunda Guerra Mundial que proíbem o Japão de ter suas próprias Forças Armadas.

Escreve o Global Times: “Para o público chinês, Abe era uma figura política controversa: ele havia melhorado as relações do Japão com a China. Mas seus comentários e ações, incluindo visitas frequentes ao famoso Yasukuni, o santuário negador da história da invasão japonesa, levaram à sua má reputação entre o público chinês”.

De acordo com o jornal chinês, o ex-primeiro ministro japonês apoiou a causa taiwanesa. “Abe afirmou falsamente que uma emergência em Taiwan é uma emergência japonesa — uma grave provocação ao princípio de uma só China”.

No fim, o Global Times sugere que Abe pode ter sido assassinado por causa da “enorme disparidade econômica que suas políticas criaram”. E conclui: “Embora Abe tenha sido o primeiro-ministro mais longevo do Japão, nem todos os japoneses o queriam, e sempre houve opiniões públicas contra ele, incluindo a insatisfação com a desigualdade cada vez maior, causada por sua Abenomics”.

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