O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o desbloqueio de contas bancárias de empresários a favor do presidente Jair Bolsonaro. Há duas semanas, o juiz do STF suspendeu perfis na internet e congelou movimentações financeiras do grupo pró-governo.
A motivação para bloquear as contas se deu em virtude de mensagens trocadas por WhatsApp. Publicado pelo site Metrópoles, o conteúdo teria teor golpista. Além disso, por autorização de Moraes, a Polícia Federal cumpriu mandados judiciais em endereços de empresários.
Os alvos da PF foram: Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira Filho (Coco Bambu).
Moraes justificou o próprio recuo porque “o 7 de Setembro já passou”. O ministro entendia que o dinheiro dos empresários poderia ter patrocinado “atos antidemocráticos” durante as comemorações do Dia da Independência.
“A presença de fortes indícios de atuação para fornecer recursos para o alcance de objetivos escusos nos atos ocorridos durante o último feriado nacional de Independência do Brasil, em condutas que podem configurar, em tese, os crimes […] tornaram necessário, adequado e urgente o bloqueio das contas bancárias dos investigados, diante da possibilidade de utilização de recursos para o financiamento de atos ilícitos e antidemocráticos”, argumentou Moraes.
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