O Brasil se despede neste domingo (07) de um dos maiores nomes da música nordestina. O cantor e compositor Antônio Barros faleceu aos 95 anos, em João Pessoa (PB), após 61 dias de internação em decorrência de uma broncoaspiração. A informação foi confirmada por sua esposa e parceira de vida e de palco, a cantora Cecéu.
Antônio estava hospitalizado desde o dia 26 de janeiro e, desde então, seu estado de saúde exigia cuidados constantes. O velório está marcado para acontecer ainda neste domingo, a partir das 13h, com sepultamento previsto para as 17h. A família ainda não informou o local da cerimônia.
Um legado que ecoa na alma do Brasil
Natural de Guarabira, no interior da Paraíba, Antônio Barros é autor de uma das obras mais ricas e influentes da música popular brasileira, especialmente no forró. Ao lado de Cecéu, compôs sucessos que atravessaram gerações e ganharam o país nas vozes de artistas consagrados como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba Ramalho, Trio Nordestino e Marinês.
Clássicos como “Procurando Tu”, “Forró Número Um”, “Bate Coração”, “Óia Eu Aqui de Novo”, “Na Sombra do Juazeiro” e “Sou o Estopim” consolidaram seu nome como um verdadeiro mestre da cultura nordestina. Seu talento, simplicidade e autenticidade marcaram profundamente a identidade musical do Brasil.
A partida de Antônio Barros representa uma perda irreparável para a música popular, mas seu legado seguirá vivo nas canções, nos ritmos e nas festas que celebram o forró em todo o país. Sua arte permanece — forte, vibrante e eterna — como sua história.
O cantor e compositor paraibano Antônio Barros morreu neste domingo (6), aos 95 anos de idade. Ao lado de Cecéu, companheira dele na vida e na música, a dupla compôs vários sucessos que ganharam o mundo nas vozes de Elba Ramalho, Fagner, Luiz Gonzaga, Gilbero Gil, Ney Matogrosso, entre outros artistas. Foram mais de 700 músicas.
Antônio Barros estava internado desde o dia 26 de janeiro em um hospital particular de João Pessoa . O cantor e compositor sofria de Parkinson, doença degenerativa que, entre os sintomas, traz a dificuldade de engolir. Isso gerou uma bronco-aspiração, o que motivou a internação do paraibano.
O velório, segundo a família, acontecerá em um cemitério particular de João Pessoa, localizado no bairro José Américo, das 12h às 17h deste domingo (6).
Nascido em 1930 em Queimadas, Antônio Barros começou a compor na década de 1950. Após se mudar para Campina Grande, 20 anos depois, ele conheceu Mary Maciel Ribeiro, a Cecéu.
Antônio Barros estudou no Grupo Escolar José Tavares. A escola foi fundada em 1937, sendo o primeiro colégio de Queimadas, município com pouco mais de 43 mil habitantes.
Na mesma escola estudaram alguns primos. O pai de um deles, chamado Adauto, foi quem ensinou Antônio Barros a tocar violão e, depois, o pandeiro. Ao ir para o Rio de Janeiro, procurou Jackson do Pandeiro, que lhe deu apoio na capital carioca.
Já conhecido, ele não deixou de visitar Campina Grande. Em uma dessas viagens, conheceu Cecéu uma parceira para sempre.
Ele a convidou para, juntos, se mudarem para o Rio de Janeiro e foi então que começou a parceria. Entre as canções mais famosas do casal estão clássicos como “Homem com H”, “Por Debaixo dos Panos”, “Bate Coração”, “Procurando Tu”, “Forró do Poeirão”, “Forró do Xenhenhém” e “Óia Eu Aqui de Novo”.
Uma lei publicada em 2021 reconheceu a obra dos casal como patrimônio cultural imaterial do Estado da Paraíba. A lei é de autoria da então deputada estadual Estela Bezerra, que justifica o reconhecimento pelo casal representar não só a musicalidade, mas também a cultura do estado. “[Antônio Barros e Cecéu] são a própria essência do povo nordestino. Suas composições atravessam as gerações como a melhor expressão da nossa gente, da nossa terra e do nosso espírito paraibano e nordestino”, destacou a deputada.
[Jornal da Paraiba]
Jornal da Paraíba
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