O Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAO Saúde) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) renovou a orientação aos promotores de Justiça sobre as medidas preventivas relacionadas à febre oropouche, doença viral que tem avançado rapidamente no estado.
A medida foi tomada após a Secretaria de Estado da Saúde divulgar, nesta quarta-feira (05/06), o boletim das arboviroses de 2025, que confirmou 645 casos da febre oropouche na Paraíba. O município de Bananeiras concentra a maior parte das notificações, com 434 casos registrados.
Outros municípios também aparecem com números preocupantes:
- Matinhas (37), Alagoa Nova (37), Lagoa Seca (29),
- Campina Grande (26), Alagoa Grande (18), Massaranduba (19),
- João Pessoa (14), Areia (07), Solânea (07), Borborema (05),
- E casos isolados em Pilões, Esperança, Alagoinha, Duas Estradas, Guarabira, São Sebastião de Lagoa de Roça e Soledade.
A orientação do CAO Saúde foi enviada aos promotores com nota técnica e minutas de portarias e recomendações que devem ser encaminhadas às prefeituras. O objetivo é reforçar a vigilância e a adoção de medidas imediatas para o controle da doença, especialmente no enfrentamento ao vetor.
Sintomas e riscos
De acordo com a nota técnica, a febre oropouche é causada por um vírus transmitido por insetos, e seus sintomas são semelhantes aos da dengue:
febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares e articulares.
Outros sintomas incluem: tontura, dor nos olhos, calafrios, sensibilidade à luz, náuseas e vômitos.
A coordenadora do CAO Saúde, promotora Fabiana Lobo, destacou que a doença está entre as de notificação compulsória imediata, devido ao seu potencial epidêmico e alta capacidade de mutação.
Recomendação aos municípios
A minuta de recomendação elaborada com base nas orientações técnicas da Secretaria de Saúde Estadual prevê que os municípios adotem ações integradas envolvendo áreas como:
- Infraestrutura
- Limpeza Urbana
- Educação
- Comunicação
- Meio Ambiente
Além disso, os municípios devem:
- Sensibilizar a população sobre medidas de autocuidado e eliminação de criadouros do mosquito;
- Intensificar a vigilância ativa, especialmente em residências com gestantes, por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ACE);
- Coletar e encaminhar amostras para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos;
- Distribuir larvicidas e inseticidas, de forma coordenada com os agentes de saúde.
O MPPB segue acompanhando de perto a situação e cobrando dos gestores municipais respostas eficazes para evitar a disseminação descontrolada da febre oropouche no estado.
Leia também: https://mnegreiros.com/saiba-como-prevenir-as-doencas-do-sistema-digestivo/
Com informações do MPPB
Descubra mais sobre
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.