A Nigéria é o país com a maior atividade em criptomoedas atualmente, segundo revelou um estudo da consultoria Morning Consult divulgado em julho. Segundo a publicação, 55% dos adultos nigerianos afirmam que compram ou vendem moedas digitais uma vez por mês. Os controles de capital e a inflação extrema estão associados a níveis mais altos de uso das moedas digitais.
O país africano é seguido por Turquia (54%), Tailândia (44%), Paquistão (37%), Vietnã (35%), Emirados Árabes Unidos (34%) e Argentina (32%).
O Brasil aparece em 19º lugar com 19% de utilização, enquanto os Estados Unidos ficaram em 28º com 16%. Japão e China aparecem nas últimas posições registrando 7% e 8% respectivamente de adoção.
Os autores do estudo apontam similaridades entre estes países que aparecem no topo da tabela, como a renda média mais baixa e algum nível de controle de capitais. “Alguns países como Turquia e Argentina registraram inflação extremamente elevada em meses recentes, o que também pode estar encorajando o uso de criptomoedas pelo varejo”, registrou a publicação.
O estudo foi elaborado com base em uma pesquisa realizada em 17 nações nos últimos anos. De acordo com a Morning Consult, foram ouvidos mil adultos em cada país.
Nigéria
Há um ano, uma publicação do jornal The Guardian já alertava para o aumento exponencial do uso das moedas digitais no país africano. “O que vem ocorrendo na Nigéria acerca das criptomoedas pode servir de lição para governos de todo o mundo”, resumiu sobre o crescimento desenfreado, “alimentado pela repressão política, controles de moeda e inflação galopante”, destacou o jornal.
O histórico das moedas digitais na Nigéria começou a ganhar destaque em 2017. Em 2020, começou a ficar evidente o apreço dos nigerianos pelas criptomoedas. Na ocasião, jornais já destacavam uma grande emersão da população adulta ao setor cripto, rumo à “verdadeira nação do bitcoin”.
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