Em pleno Dia da Independência da Argentina, comemorado no sábado 9, milhares de cidadãos foram às ruas para protestar contra o governo de Alberto Fernández. As manifestações ocorreram não apenas na capital, Buenos Aires, mas também em Córdoba, Mar del Plata, Rosário e Santa Fé.
Em Buenos Aires, foram realizados comícios no Obelisco, na Avenida 9 de Julho e na Plaza de Mayo. O lema “Vamos defender a República” mobilizou políticos de diferentes espectros ideológicos, da esquerda à direita. As convocações, feitas sobretudo pelas redes sociais, pediam um “Argentinazo”.
?? | PROTESTAS EN ARGENTINA: Miles de personas salieron hoy a las calles para protestar contra el gobierno de Alberto Fernández y Cristina Kirchner. pic.twitter.com/44VcEHDFfO
— Alerta Mundial (@AIertaMundiaI) July 10, 2022
Os manifestantes empunhavam cartazes com frases de repúdio à atual administração federal. “Viva a pátria”, “Governo de ladrões” e “Argentina sem Cristina” eram alguns dos recados transmitidos pelos cidadãos.
Um dos slogans virou música: “¡Andate a Cuba, la put* que te parió!”, por exemplo, entoou na Casa Rosada. A atmosfera era similar à vivenciada pelos torcedores do Boca Juniors em La Bombonera, estádio do clube de futebol.
?? | AHORA: “¡Andate a Cuba la put* que te parió!”, gritan manifestantes frente a la Casa Rosada, en rechazo al gobierno de Alberto Fernández y Cristina Kirchner. #9JTodosALaCalle pic.twitter.com/e8l2fCeXrF
— Alerta Mundial (@AIertaMundiaI) July 9, 2022
Houve também protestos no exterior. Em Miami, os cidadãos argentinos se manifestaram na Avenida Collins e na Rua 72. Ainda foram convocados protestos em Roma, Madri, Barcelona e Londres.
As manifestações ocorreram uma semana depois de o então ministro da Economia, Martín Guzmán, renunciar ao cargo. Na segunda-feira 4, o dólar blue (paralelo) atingiu 280 pesos, e a Bolsa de Valores da Argentina caiu mais de 3%. A inflação no país é superior a 60%.
Em discurso, Fernández pediu “unidade” aos argentinos. “A História nos ensina que é um valor que devemos preservar nos momentos mais difíceis”, afirmou. “Devemos trilhar o caminho para o equilíbrio fiscal e estabilizar a moeda.”
Leia mais: “Argentina: o eterno flerte com o suicídio”, artigo de Luís Artur Nogueira publicado na Edição 68 da Revista Oeste
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