O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba sempre defendeu a liberdade de imprensa e de expressão, bem como a ética no exercício profissional do Jornalismo. Defendemos o olhar crítico da imprensa, e não o atrelamento político-editorial implementado pela maioria das empresas em função de interesses particulares, econômicos ou governamentais.
Sendo assim, vimos, por meio desta nota, externar o nosso mais sincero apoio à jornalista Cláudia Carvalho (ParlamentoPB) e aos jornalistas Rubens Nóbrega (Jornal da Paraíba), Marcos Oliveira e Jozivan Antero (PatosOnline) por estarem sofrendo fortes pressões políticas e processos na Justiça devido a suas atuações corajosas na imprensa paraibana.
Cláudia Carvalho sofreu, por parte do vereador da Capital João Almeida (PMDB), ataques verbais sobre sua conduta profissional, em retaliação a críticas feitas pela jornalista. O parlamentar chegou a protocolar um requerimento pedindo à Câmara que suspendesse o contrato de publicidade que mantém com o site ParlamentoPB. Posteriormente, decidiu retirar o pedido, mas já anunciou publicamente que vai processá-la na Justiça.
Rubens Nóbrega está submetido a três processos, desdobrados nas esferas cíveis e criminais, desfechados pelo atual governador do Estado, o Sr. Ricardo Coutinho (PSB). Rubens tem tratado em suas colunas diárias do Jornal da Paraíba sobre denúncias e investigações pelas quais passam contratos celebrados entre empresas privadas e o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de João Pessoa (quando da gestão de Coutinho).
Já o portal PatosOnline tem se destacado na região do Sertão por fazer o que poucos têm coragem: apontar os erros e denunciar ações antipopulares das oligarquias locais. Sendo assim, o portal está sendo bombardeado pela família Motta Wanderley (que, há alguns anos, está à frente da Prefeitura Municipal de Patos), por ter denunciado, em primeira mão, irregularidades nos contratos e nas execuções dos festejos de São João deste ano e da construção do “Canal do Frango”, obra que transpassa boa parte do território da cidade e que já deveria ter sido concluída. Além dos processos contra Marcos Oliveira e Jozivan Antero, a matéria sobre a construção do Canal foi retirada do ar por decisão judicial.
Como se vê, quando a imprensa incomoda os “intocáveis” interesses de quem detém o poder político e de Estado, sofre represálias de toda sorte, em especial via Poder Judiciário.
O Sindicato se coloca à inteira disposição dos colegas vítimas destas tentativas de censura e criminalização do exercício profissional do Jornalismo, bem como de quaisquer outras situações que agridam a nossa categoria, e aproveitamos para convocar toda a opinião pública a também repudiar estes procedimentos antidemocráticos.
Precisamos de um novo tipo de sistema de representação política que possibilite aos cidadãos, em especial àqueles que lidam cotidianamente com o interesse público, como os jornalistas, cobrar, sugerir, fiscalizar, denunciar, criticar, o Poder Público e, consequentemente, as pessoas que o ocupam. Também estamos comprometidos com esta causa.
João Pessoa, 09 de outubro de 2013
A DIRETORIA
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A Todo e qualquer profissional são atribuídos os "Bonus e os Ônus" quando do seu exercício profissional! Temos que ter a clareza de que isto são decorrências do nosso exercício profissional, é inerente a este exercío profissional!!! É líquido e certo o direito de quem quer que seja, que ao se sentir prejudicado, buscar os caminhos legais para as "devidas" reparações, quando realmente devidas, de possíveis prejuízos, sejam estes intencionais ou não!. Muito louvável quando esta possível reparação é buscadano âmbito do Sistema Judiciário e, não se indo as tais "vias de fatos"!!! E que a Justiça faça juz, sendo realmente surda e cega e, que a sua "balança" não tenha nenhum ranço de vícios!!!
Em Bom Português: "Doa a quem doer"!!!; "Quem puder mais chora menos"!!!;
"Quem realmente dever, que responda pelos seus atos"!!!
Não estou aqui defendendo "políticos" ou "jornalístas", mas alertando de que este é o caminho correto a percorrer, "O Caminho da Justiça" e, tal expediente se aplica a qualquer profissional quando do exercício profissional!!!
Prof. Carlos Lima
UFCG
Patos – PB