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Nova Zelândia pretende cobrar imposto sobre gases naturais do gado

O governo da Nova Zelândia divulgou nesta terça-feira, 11, um plano inédito no mundo — segundo a primeira-ministra Jacinda Ardern — para tributar os gases naturalmente emitidos pelo gado no arroto e na urina. Taxando a emissão desses gases, a intenção do governo neozelandês é conter as mudanças climáticas.

Para a Federated Farmers, a Federação de Fazendeiros da Nova Zelândia, a medida é formulada com base em conjecturas sem comprovação científica de que os gases contribuem para o efeito estufa e vai “destruir pequenas cidades”.

Para o governo de Jacinda, porém, os gases emitidos naturalmente pelo rebanho de 6,2 milhões de bovinos do país estão entre os principais problemas ambientais do país. Com o novo plano tributário, os fazendeiros seriam obrigados a pagar pela poluição causada pelos animais, como o gás metano dos arrotos ou óxido nitroso expelido pela urina do gado. O plano do governo é aprovar essa proposta no ano que vem e passar a cobrar o imposto em três anos.

Defensora da implementação de políticas rígidas para conter as alegadas mudanças climáticas geradas pela ação humana, Jacinda disse que se trata de uma “proposta pragmática” para reduzir as emissões agrícolas e fortalecer a imagem de sustentabilidade dos produtos da Nova Zelândia.

O presidente do grupo de pecuaristas Federated Farmers, Andrew Hoggard, alertou que esse programa poderá “destruir as pequenas cidades da Nova Zelândia”. No Twitter, a federação dos agricultores fez uma postagem dizendo: “Plano de emissões agrícolas do governo — diga adeus a pequenas cidades da Nova Zelândia”.

Em seu site, a federação afirma que o plano do governo pretende reduzir a criação de ovelhas e de bovinos em 20% e a pecuária leiteira, em 5%, para atingir “a meta nacional não científica de gases do efeito estufa”. “Isso é o equivalente a toda a indústria do vinho e metade dos frutos do mar sendo exterminados”, escreveu a Federação de Fazendeiros.

Com a tributação, a federação estima que muitos venderiam suas propriedades e perderiam sua fonte de renda. “Assim, todos os cafés das pequenas cidades, revendas de carros, escolas, pubs, clubes de rugby, cabeleireiros e supermercados podem dizer adeus ao pequeno negócio da cidade apoiado pela agricultura ao seu redor”, prevê a associação.

Leia também: Jacinda Ardern é o rosto da tirania gentil, artigo de Brendan O’Neill, da Spiked, publicado na Edição 133 de Oeste.

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