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O Grande Salto para Frente da Marinha da China

Primeiro, furtivamente. Depois, gradualmente. Agora, com base em grandes saltos, a China está construindo estruturas para estender sua influência militar e política em alto-mar. Um artigo publicado nesta terça-feira, 7, no The Wall Street Journal mostra que a nova base militar chinesa, instalada no Camboja, deveria despertar a classe política dos Estados Unidos.

O governo cambojano nega a informação. Isso porque a Constituição do país proíbe a existência de bases militares estrangeiras dentro de suas fronteiras, e a presença das forças chinesas pode provocar uma reação nacionalista. A base naval da China também não agradaria aos vizinhos do Sudeste Asiático, incluindo a Tailândia, que tem sido um grande aliado dos Estados Unidos desde 2003, e o Vietnã, que tem uma relação tensa com a China.

“Pequim tem um longo histórico de mentiras sobre suas intenções militares”, diz o editorial do jornal norte-americano. “Lembre-se da promessa do presidente chinês Xi Jinping de não militarizar as ilhas artificiais no Mar da China Meridional desenvolvidas durante a administração de Barack Obama. As ilhas agora abrigam uma série de equipamentos militares chineses avançados.”

No início deste ano, a China e as Ilhas Salomão, localizadas no Pacífico Sul, assinaram um pacto de segurança. Os dois governos negam que o acordo leve a uma base chinesa. As Ilhas Salomão não estão longe da Austrália e estão perto de importantes rotas de navegação comercial.

O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, fez recentemente uma turnê por oito países pelo Pacífico Sul. O objetivo: angariar o apoio para um acordo de segurança e desenvolvimento. As nações do Pacífico rejeitaram um acordo formal, mas Pequim voltará com mais dinheiro. “A China quer dominar as rotas marítimas que há muito tempo são garantidas pela Marinha dos EUA”, diz o artigo do The Wall Street Journal.

“Os objetivos da China são políticos, econômicos e militares”, argumenta o jornal. “Pequim há muito tempo adota uma visão mercantilista dos recursos naturais e não confia nas regras comuns do mercado internacional. Assim como o Japão na década de 1930, Pequim acredita que uma rede extensa de bases é necessária para garantir o fornecimento de petróleo, minerais e outras matérias-primas em caso de sanções, escassez global ou conflitos.”

Além disso, as bases navais são uma forma de persuasão potente contra as nações menores, que são céticas em relação às intenções chinesas. As bases facilitam o monitoramento dos navios dos EUA e ameaçam as instalações dos EUA em Guam, na Indonésia, e em outros lugares.

A Marinha da China está cada vez maior. Atualmente com 355 navios, Pequim deve chegar a 460 até 2030. Os EUA caminham em sentido contrário — possuem 297 navios e devem reduzir para 280 até 2027. Em breve, a China lançará um porta-aviões avançado, que permitirá expandir seu poder aéreo no exterior.

“Alguns políticos no Congresso parecem cientes desse declínio naval dos EUA, mas a Marinha e o Pentágono não parecem alarmados”, diz o The Wall Street Journal. “Eles deveriam estar. Os militares chineses estão avançando em todo o mundo, e a melhor garantia de manter a paz é um Exército e uma Marinha que possam tranquilizar os aliados e deter os falcões de Pequim.”

Leia também: “O jogo do gigante”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 58 da Revista Oeste

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