O caso virou um escândalo na televisão

Atriz e ex-apresentadora do Fantástico, Leila Cravo (1953-2020) se envolveu num grande mistério nos anos 70 na televisão. No auge da carreira e sendo símbolo sexual, ela foi encontrada nua, e de acordo com inquérito da época, despencou de uma altura de 18 metros de um badalado motel no Rio de Janeiro. A artista ficou entre a vida e a morte após sofrer uma grave hemorragia, mas sobreviveu.

Durante anos, o motivo da quase tragédia ficou encoberta e só revelada há cinco anos pela Record. Numa entrevista exclusiva a Geraldo Luís em 2018, no extinto Domingo Show (2014 -2019), Leila Cravo narrou que ficou quieta por anos porque um dos envolvidos era ministro do Governo Ernesto Geisel (1974 -1979) e que tinha medo. Na época, o Brasil vivia uma ditadura militar.

Ao apresentador, ela negou a versão de ter caído do motel. “Se eu tivesse me jogado, se eu tivesse sido jogada, eu teria caído no mar. Um corpo com mais de 50 quilos projetado para frente, ele não volta para trás no caminho”, disse.

Leila Cravo contou que ela foi para o Motel Vips, localizado na zona do Rio, junto com o ministro. Porém, ao chegar ao local, mas dois homens estavam dentro do quarto. Ela se assustou e pediu para ninguém tocar nela. “Cala a boca, fica quieta, não adianta gritar que ninguém vai ouvir. E se ouvir, ninguém vai te socorrer porque o poder aqui sou eu”, relatou a apresentadora.

Apresentadora do Fantástico sofreu abuso com barra de ferro

A ex-Fantástico foi espancada e sofreu abuso sexual com uma barra de ferro após ficar desacordada. “Não era desejo, era doença. Porque segundo a perícia, o exame de corpo delito não houve penetração carnal. Eu fui violentada com barra de ferro. Foi achando muitos elementos de alumínio dentro de mim”, completou a artista, que fazia apresentações no Fantástico entre 1974 e 1975.

Na madrugada de 12 de novembro de 1975, Leila Cravo foi encontrada nua perto do motel e a mídia especulou que foi homicídio ou tentativa de suicídio. Leila foi internada e quase morreu. Ela perdeu muito sangue e teve politraumatismo craniano: “Eu estava tão debilitada por causa dessa hemorragia e por causa do politraumatismo que eles tiveram que fazer um corte na minha axila para bombear o meu coração com sangue. Porque não tinha mais sangue para me manter viva”.

“Não entendi, não entendo e não vou entender nunca. Como é que um ser humano faz isso com outro ser humano, que nunca fez mal para ele ou para ninguém. Eu não entendo a maldade humana e eu conheci a maldade humana.”Leila Cravo

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By Marcelo Negreiros

Jornalista militando na profissão desde 1985, trabalhando nas TVs Paraíba e Cabo Branco, afiliadas Rede Globo na Paraíba, durante 15 anos. Diplomado em 2001 pelas Faculdades Integradas de Patos.

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