Há pouco mais de um ano, José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso nos escândalos do mensalão e petrolão, revelou a meta para um eventual terceiro mandato de Lula na Presidência da República: ajudar Cuba, que vive uma ditadura socialista desde 1959, quando Fidel Castro e seus partidários derrubaram Fulgêncio Batista.
Em um vídeo que circula pelas redes sociais, Dirceu demonstra solidariedade ao governo cubano. Para ele, a partir de 2023, caso os petistas voltem a comandar o Palácio do Planalto, o governo deve “estender a mão ao povo cubano”. Anteriormente, o PT financiou projetos e obras milionárias na ilha caribenha por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
“Espero podermos a partir de 23 estender, de novo, a mão para o povo cubano, que foi tão solidário conosco na luta contra ditadura e o Mais Médicos é o maior exemplo”, disse um dos líderes do PT.
Bom dia, brasileiros! Para Zé Dirceu o regime cubano é exemplo para o Brasil. pic.twitter.com/GsPhPkU4Ch
— Bia Kicis (@Biakicis) June 26, 2022
Dirceu, à época da gravação, afirmou que os protestos na Colômbia e Chile mostravam que havia potencial de integração da América Latina em torno de partidos de esquerda. Um ano depois, os dois países citados pelo ex-ministro elegeram governos socialistas. Há também confrontos no Equador, comandado por um governo à direita. Para Dirceu, o país tem potencial para voltar a ser governado por esquerdistas.
No final da década de 1960, José Dirceu foi morar em Cuba, país em que recebeu treinamento como guerrilheiro. Voltou ao Brasil em 1974, depois de realizar cirurgias plásticas para não ser reconhecido. Em 1979, Dirceu foi beneficiado por uma anistia ampla.
Leia também: “A Última Trincheira”, artigo de Silvio Navarro publicado na Edição 118 da Revista Oeste
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