A corrupção na política foi um dos principais temas abordados durante o debate realizado na noite desta quinta-feira, 17, na TV Arapuan, entre os candidatos a prefeito de João Pessoa.
Usando como exemplo a Operação Calvário, o candidato Ruy Carneiro (PSDB) afirmou que o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) – também postulante ao cargo de prefeito da capital – decidiu ficar no governo, nas eleições de 2018, para eleger o atual governador João Azevêdo (Cidadania) e “continuar a roubalheira na Saúde e nas outras secretarias”.
– Há duas eleições o dinheiro da Operação Calvário influencia resultados na Paraíba. Foi assim que se reelegeu Ricardo Coutinho, que poderia ter sido senador (em 2018), mas que preferiu ficar no governo para continuar o esquema de corrupção. Isso é muito grave e temos que ficar de olho se esse esquema não continua nessa eleição – afirmou Carneiro.
Ainda Ruy: “achei engraçado que ontem, em uma convenção, estavam falando em construção de hospital, o agrupamento que roubou R$ 135 milhões da saúde. Isso é uma piada. Falar de hospital? De fazer pela saúde? Quem saqueou os cofres públicos e matou pessoas? Isso é uma gozação. Temos que dar respostas e virar essa página na Paraíba”.
Ainda no âmbito da Calvário, o candidato Walber Virgolino (Patriotas) afirmou ser um defensor do combate à corrupção, pontuando que o debate moral é necessário nas eleições.
– Temos que levar a política a sério. Não queria entrar nesse detalhe, mas o debate moral tem que existir. Eu, como delegado de polícia, como deputado estadual atuante e defensor do combate à corrupção tenho que fazer esse debate e esclarecer a população. Políticos fichas sujas não deveriam participar, sequer, de coligações. Nós, de forma clara, temos combatido a corrupção dentro da Assembleia, mas a Justiça é muito lenta e algumas pessoas são beneficiadas com isso. Infelizmente, quem paga é o povo – explanou.
Ainda sobre o assunto, Walber afirmou que na Paraíba há um “teatro das tesouras” para que “organizações criminosas” se perpetuem no poder.
– Recentemente eu estava vendo um vídeo sobre o teatro das tesouras, que nada mais é do que o crime organizado político que tenta passar para a sociedade (a ideia) que estão separados quando, na verdade, estão em comum acordo para ocupar o poder. E isso acontece na Paraíba. Sabemos que as coisas estão acontecendo para isso, para Ricardo Coutinho continuar no poder, para que essa organização criminosa que domina a Paraíba há oito anos continue a fazer o que faz. A população tem que exigir nas urnas que pessoas fichas limpas e honestas assumam o poder – finalizou o candidato, ao sugerir que não há, de fato, rompimento político entre Ricardo e o governador João Azevêdo.
Com informações de Paraibaonline
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