Ao menos nove ministros e ex-ministros do governo Bolsonaro receberam pedidos de emendas por meio do orçamento secreto em 2020, dentre eles Paulo Guedes e Sergio Moro; general Ramos autorizou 26 liberações

A reportagem no Blog do Fausto Macedo no Estadão, ainda cita parlamentares que foram beneficiados com as emendas.

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Há também um repasse de R$ 40 milhões ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), então presidente do Republicanos, partido que compõe o Centrão. Até mesmo o governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi beneficiado por duas emendas autorizadas por Ramos que somam R$ 22 milhões.

As revelações feitas por Domingos Netto, porém, não põem um fim no cabo de guerra entre o Congresso e o Supremo em torno do orçamento secreto. O relator-geral de 2021, senador Marcio Bittar (União Brasil-AC), ainda resiste em divulgar os ofícios que mediou entre os parlamentares e os ministros do governo no ano passado. Segundo fontes relataram ao Estadão, a exigência do presidente do Senado para que fosse dada transparência aos pedidos dos parlamentares só ocorreu, em caráter obrigatório e urgente, porque Bittar (PL-AC) não quis enviar os documentos.

Os parlamentares tiveram desde dezembro passado para tornar pública toda a documentação que embasou a distribuição de verbas por meio da emenda de relator-geral do orçamento (RP-9) – dispositivo formal para operar o orçamento secreto. No entanto, os senadores e deputados envolvidos no esquema resistiram até o último minuto a cumprir a decisão de novembro dos ministros do Supremo para que fosse dada ampla publicidade ao orçamento secreto em até 90 dias.

Com informações do Estadão – Matéria de Weslley Galzo e Breno Pires/BRASÍLIA

By Marcelo Negreiros

Jornalista militando na profissão desde 1985, trabalhando nas TVs Paraíba e Cabo Branco, afiliadas Rede Globo na Paraíba, durante 15 anos. Diplomado em 2001 pelas Faculdades Integradas de Patos.

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