O padre jesuíta de origem eslovena Marko Ivan Rupnik, próximo ao papa Francisco, está no centro de uma série de denúncias de abusos espiritual, psicológico e sexual publicadas pelos blogs Silere non Possum, Left.it e Messa in Latin. Os crimes foram cometidos por Rupnik em sua terra natal no início dos anos 1990.
Em comunicado divulgado em 2 de dezembro, a ordem jesuíta confirmou que foram aplicadas punições contra as ações de Rupnik, por denúncias recebidas em 2021. Entretanto, o escritório do Vaticano responsável por investigar crimes sexuais alegou que os crimes eram antigos demais para ser processados. Ou seja, prescreveram.
Ainda no comunicado, jesuítas disseram que decidiram manter em vigor “restrições cautelares” ao clérigo. Ele está proibido de ouvir confissões, dar direção espiritual ou liderar exercícios espirituais.
Normalmente crimes relacionados à confissão são investigados independente do tempo transcorrido, uma vez que as vítimas geralmente demoram mais do que o limite de 20 anos para denunciar o abuso. Não foi dada nenhuma explicação de por que isso não ocorreu neste caso, ou se o papa Francisco, colega jesuíta que se encontrou com Rupnik em janeiro, teve algum papel na decisão.
Outra investigação
Em maio de 2020, Rupnik foi excomungado — o que o excluiria de participar de qualquer tipo de culto religioso —, por cometer pecado grave contra a Santa Sé. A excomunhão foi suspensa apenas um mês depois de o padre jesuíta “se arrepender”.
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