A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira, 10, que encontrou “material orgânico aparentemente humano” no Rio Itaquaí, próximo ao porto de Atalaia do Norte (AM), cidade de destino do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, desaparecidos desde o domingo 5.
O material será enviado para análise em Manaus. O mesmo instituto analisa o sangue encontrado na lancha de Amarildo Costa de Oliveira, conhecido por Pelado, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça do Amazonas, por suspeita de envolvimento no caso. Parentes dos desaparecidos forneceram material genético para a análise, que será feita no laboratório.
A região do Vale do Javari é a segunda maior terra indígena do Brasil, equivalente ao território de Portugal, com pouco mais de 90 mil quilômetros quadrados. O acesso ao local é considerado difícil pelas autoridades, o que dificulta as buscas pelos desaparecidos. Atuam na área cerca de 250 agentes da Polícia Federal, integrantes da Marinha, Exército, Polícias Militar e Civil do Amazonas. Vivem na região ao menos 10 mil indígenas.
Pereira é servidor afastado da Funai e sofria ameaças de garimpeiros que atuam na área. O jornalista, que colabora para o jornal The Guardian, recebeu no ano passado uma bolsa da Fundação Alicia Patterson, dos EUA, para investigar a preservação e a conservação da Amazônia.
Ministro pede providências
Ainda nesta sexta, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal adote ‘todas as providências necessárias’, usando ‘todos os meios e forças cabíveis’ para localizá-los. Barroso ainda deu prazo de cinco dias para o governo federal apontar o que já foi feito na operação para encontrar o jornalista e o indigenista.
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