A Procuradoria-Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um novo recurso contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para arquivar a investigação contra empresários apoiadores do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL). Na semana passada, o magistrado rejeitou outro pedido do órgão para arquivar o mesmo inquérito, que apura mensagens em um grupo de WhatsApp com suposto teor “golpista”.
O relator (Moraes) não havia analisado o mérito do pedido, que mostrava ausência de provas para justificar a operação realizada pela Polícia Federal (PF). Além disso, o ministro entendeu que o recurso foi apresentado fora do prazo regimental de cinco dias.
Agora, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, afirma que seu último pedido foi apresentado dentro do prazo permitido. Na última decisão de Moraes, ele afirmou que o pedido da PGR foi “manifestamente intempestivo”, pois foi protocolado 13 dias depois do prazo. Lindôra ainda pode pedir recurso aos demais ministros sobre a rejeição de Moraes.
Conforme ela, a investigação se baseia somente em diálogos reproduzidos em matérias de jornais e não possuem fundamento para decretar as medidas de quebra de sigilo e busca e apreensão.
A alegação do magistrado é que o grupo de empresários compartilhou supostos comentários de teor “golpista”, em conteúdo exposto pelo jornal Metrópoles, falando em algum tipo de ação caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença as eleições presidenciais deste ano. A conversa aconteceu em um aplicativo de mensagens.
Entre os alvos da operação estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nigri (Tecnisa), Marco Aurélio Raymundo (Mormaii) e Afrânio Barreira Filho (Grupo Coco Bambu).
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