Política contra desastres ‘anda a passos de tartaruga’, diz Defesa Civil

[Editado por: Marcelo Negreiros]

De acordo com Nobre Júnior, estimativas iniciais apontam que cidades que tiveram 80% do solo inundados podem não ter nenhuma garantia de que um novo evento extremo possa ocorrer novamente em breve, gerando, novamente, riscos às vidas e saúde da população. Para ele, a cultura de prevenção seria um movimento maior e mais duradouro do que qualquer obra, se estivesse em prática.

“É necessário olhar muito para a questão da política pública de ocupação do solo. O que está acontecendo aqui no Rio Grande do Sul é algo que a gente assiste em outras partes do mundo com frequência. Ninguém tem segurança de que, até o final do ano, isso não possa acontecer em uma outra parte do Brasil. Porque essas variáveis físicas e atmosféricas estão aí”, destaca.

O geógrafo defende que é necessário ter um olhar diferente sobre determinadas áreas que, antes, eram consideradas seguras. “O Brasil precisa dar uma resposta. Precisa se levantar para começar a fazer ações efetivas, que possam enfrentar de forma mais clara e de forma mais efetiva salvaguardando as vidas dos nosso brasileiros com relação a essa emergência climática global”, relata.

Esse processo de mudança climática se acelera cada vez mais e a política pública com relação a esse tema anda a passos de tartaruga.
Abelardo Nobre, coordenador da Defesa Civil de Maceió

Para acelerar esses passos, ele afirma que os governos federal, estaduais e municipais brasileiros precisam entender desastres como o do Rio Grande do Sul para ter uma legislação mais eficiente, rápida e atual.

Atenção com a limpeza no pós-desastre

Abelardo Nobre explica que, na gestão do desastre, algumas etapas são pré-determinadas. No Rio Grande do Sul, algumas cidades estão em fase de restabelecimento, com pessoas retornando para as casas e comércios e escolas, por exemplo, sendo reabertos.

[Redação]

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