O ministro da Agricultura da Alemanha, Cem Özdemir, criticou no domingo 17 as políticas energéticas do governo da ex-chanceler federal Angela Merkel, classificando-as como “um desastre”. Em pronunciamento realizado em uma feira comercial de Munique, Özdemir disse que a administração de Olaf Scholz “herdou uma situação catastrófica” no setor ambiental.
“Não achava que fosse uma boa ideia obtermos 60% do gás natural de um criminoso chamado Vladimir Putin”, disse o ministro, referindo-se ao presidente da Rússia.
Segundo Özdemir, a atual coalizão de governo, formada pelos partidos Social-Democrata, Liberal Democrático e Verde, deve continuar a reduzir a “dependência quase criminosa em relação aos criminosos do mundo”. “Não quero que Putin determine se teremos energia suficiente ou não”, disse o ministro da Agricultura da Alemanha.
Até o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Alemanha dependia do Kremlin para suprir grande parte de sua demanda por petróleo, gás natural e carvão, apesar da oposição dos Estados Unidos e de outros países europeus.
Na época em que era a chanceler, Merkel insistiu no plano de construir um segundo gasoduto de gás natural, o Nord Stream 2, entre a Rússia e o norte da Alemanha. A licença de operação foi rejeitada depois de Moscou atacar Kiev.
De lá para cá, a maior economia da Europa tem tentado diminuir a dependência do petróleo e do gás russos, a fim de aumentar sua segurança energética, mas também em virtude das sanções ocidentais impostas a Moscou.
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