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População de Brumadinho apresenta níveis elevados de metais tóxicos no organismo

Pesquisa feita pela Fiocruz de Minas Gerais em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou que os moradores de Brumadinho (MG), a 35 quilômetros de Belo Horizonte, têm níveis elevados de metais pesados no organismo. O município foi gravemente atingido pelo rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em janeiro de 2019. Na ocasião, mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração foram despejados na região da Bacia do Rio Paraopeba, e um mar de lama cobriu a cidade, matando 272 pessoas.

O estudo analisou exames de sangue e de urina de moradores de todas as faixas etárias e regiões do município. Ao todo, participaram 3.297 pessoas — 217 crianças, 275 adolescentes entre 12 e 17 anos e 2.805 adultos. O levantamento teve início em julho do ano passado.

Entre os adultos, 33,7% apresentaram níveis aumentados de arsênio total na urina e 37% tinham excesso de manganês no sangue. Entre os adolescentes, 28,9% tinham arsênio total na urina acima do limite e 52,3% apresentaram mais manganês no sangue do que o considerado tolerável.

Crianças até 6 anos também foram avaliadas. Em todas as 172 amostras, foi detectada a presença de pelo menos um dos cinco metais em avaliação (cádmio, arsênio, mercúrio, chumbo e manganês). Mais da metade das crianças tinha pelo menos um metal em níveis acima do valor de referência no organismo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma série de problemas de saúde pode ser decorrente da presença de metais pesados no organismo, que afetam sistema nervoso, rins, fígado e sistema endócrino.

O trabalho também detectou uma incidência acima da média nacional de problemas respiratórios e casos de depressão e ansiedade na cidade.

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