O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta quarta-feira, 29, que a greve de motoristas de ônibus e cobradores da capital paulista é uma “irresponsabilidade”.
Nunes disse que dos 2,3 milhões de passageiros diários, 1,5 milhão ficaram sem transporte nesta quarta, quando começou a paralisação por 24 horas. A categoria reivindica pagamento de Plano de Lucros e Resultados (PLR) e hora de almoço remunerada.
“Já estava com essa situação sendo tramitada na Justiça do Trabalho e, por isso, que a gente ficou muito indignado e pegos de surpresa do sindicato fazer essa greve hoje, sabendo que já estava para ser decidida essa questão”, disse o prefeito em entrevista à rádio Jovem Pan.
No dia 14 deste mês, os trabalhadores realizaram uma paralisação de 24 horas pedindo reajuste de 12,47%. Em acordo com sindicato patronal já havia ficado decidido que o salário seria reajustado a partir de outubro.
Em nota, o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), repudiou as declarações do prefeito Ricardo Nunes.
“O prefeito tem agido covardemente, pois sempre terceiriza a sua responsabilidade em dialogar com o sindicato e reconhecer a essencialidade dos trabalhadores em transportes que estão legitimamente reivindicando os seus direitos”, disse o presidente do sindicato, Valmir Santana da Paz, conhecido como Sorriso. “Outros ataques partidos do prefeito são levianos.”
Sorriso ainda acusou o prefeito paulistano de desprezar os funcionários do transporte público da cidade. “Foram mais de três mil trabalhadores contaminados e centenas de mortos pela covid-19. Hoje os trabalhadores que tanto se doaram pedem o mínimo de reconhecimento.”
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