
Amplamente reconhecida como o melhor campeonato do planeta, a Premier League bateu um recorde indesejável nesta temporada: a de treinadores demitidos. Com 12 técnicos mandados embora, essa é a edição com o maior número de trocas de comando da história da liga, desde sua fundação em 1992. A marca, que ainda pode aumentar até o fim da competição, chama atenção por fugir do padrão de maior estabilidade que a maioria dos clubes costuma ter.
A última vítima do carrossel de técnicos foi Graham Potter, demitido do Chelsea após apenas sete meses de trabalho. Para seu lugar, o clube londrino anunciou o ex-meia Frank Lampard, ídolo como jogador, que já teve uma passagem como treinador na equipe e também foi demitido do cargo em 2021. Ele chega de forma interina até o meio do ano.
Antes dele, já haviam sido demitidos nesta temporada Scott Parker (Bournemouth), Thomas Tuchel (Chelsea), Bruno Lage (Wolverhampton), Steven Gerrard (Aston Villa), Ralph Hasenhüttl (Southampton), o próprio Lampard (Everton), Jesse Marsch (Leeds), Nathan Jones (Southampton), Patrick Vieira (Crystal Palace), Antonio Conte (Tottenham) e Brendan Rodgers (Leicester).
Na temporada passada, a Premier League teve apenas dez demissões de técnicos. Nas edições anteriores, o número foi ainda menor: só quatro trocas em 2020/21, sete em 2019/20 e seis em 2018/19. O nome mais cotado para ser o 13º demitido de 2022/23, agora, é o de Steve Cooper, que tenta afastar o Nottingham Forest da zona do rebaixamento.
Apesar do alto número de demissões de treinadores para seus padrões, porém, a Premier League ainda está longe do Brasileirão nesse quesito. Na temporada 2022, entre os 20 clubes que disputaram a Série A, houve nada menos que 27 técnicos mandados embora.