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Produtores do MT rejeitam nomes ligados ao PT como porta-vozes do agro

A Aprosoja, maior
entidade associativa de agricultores do principal estado do agronegócio
brasileiro, o Mato Grosso, decidiu, por unanimidade, que não aceitará três nomes
ligados ao PT que estão sendo cotados no processo de transição de governo para
representarem o setor como interlocutores em Brasília.

A decisão
foi tomada em Assembleia Geral dos produtores (04/11) de soja e milho. Eles
consideraram que o senador Carlos Fávaro (PSD-MT), o deputado federal cassado
Neri Geller e o empresário Carlos Augustin “não têm legitimidade para
representar o setor”.

A instituição reconhece que, apesar de cada um ter “a prerrogativa de tomar suas próprias decisões, isto traz consequências”. “Ao apoiar as políticas do Partido dos Trabalhadores (PT), que inclusive, apoiam invasões de propriedades privadas, Carlos Fávaro, Neri Geller e Carlos Augustin entraram diretamente em divergência com os valores conservadores da classe produtora”, diz a Aprosoja-MT.

Quem são os três rejeitados pela Aprosoja-MT

Um dos
rejeitados, o senador Carlos Fávaro, que já foi inclusive presidente da
Aprosoja-MT, se notabilizou na campanha eleitoral em tentar angariar apoios
para Lula, e chegou a dizer que o presidente Bolsonaro “fez zero” pelo agro em quatro
anos de governo. Já Neri Geller (PP-MT), que foi ministro da Agricultura de
Dilma Rousseff em 2014, atualmente está enquadrado na lei da ficha suja por
captação ilícita de recursos para campanhas eleitorais. Em agosto ele teve o
mandato de deputado federal cassado pelo TSE e está inelegível por oito anos.

A outra persona non grata aos produtores do Mato Grosso é o empresário Carlos Augustin, conhecido como Teti, dono da produtora de sementes Petrovina e irmão de Arno Augustin, ex-secretário do Tesouro no segundo governo de Lula e na administração de Dilma Rousseff. Durante a campanha, Augustin chegou a sugerir que Lula pedisse desculpas aos produtores rurais, depois das declarações ao Jornal Nacional de que parte do setor era fascista. “Não precisava se referir ao agronegócio dessa maneira. Ele generalizou. Vou sugerir que peça desculpas, não deveria ter feito isso, não é a realidade geral”, disse Augustin. O pedido de desculpas nunca veio, apenas uma declaração de Lula de que iria “tratar com respeito as pessoas que sabem respeitar”.

Aprosoja ameça se retirar do Instituto Pensar Agro

Numa demonstração de que a questão está fechada, a Aprosoja ainda avisou que, caso um dos três nomes seja indicado como interlocutor do agro em Brasília, a associação irá se retirar do Instituto Pensar Agro (IPA), que dá suporte às ações da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Tanto Fávaro, Geller como Augustin são articuladores próximos do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, escalado por Lula para tentar construir pontes com o setor agropecuário, que votou maciçamente em Bolsonaro (no Mato Grosso, Bolsonaro teve 65,08% dos votos no segundo turno). O Mato Grosso detém 17% da produção agrícola brasileira, com Valor Bruto da Produção de R$ 193 bilhões, em 2021.

Perderam a eleição e querem indicar ministro, diz Augustin

Contatado, o empresário Carlos Augustin ironizou a postura da atual liderança da Aprosoja-MT. “Quer dizer que não somos representantes para falar com o governo? Eles perdem a eleição e querem indicar o ministro? Isso só me faz rir. Tem que colocar no quadro dos Trapalhões ou do Casseta & Planeta. Precisar do aval da Aprosoja para falar é patético. É um espetáculo circense”, disse Augustin. Ele aproveitou para compartilhar a notícia de que o presidente da Federação da Agricultura do Mato Grosso (Famato), Normando Corral, deu apoio ao nome de Carlos Fávaro para ministro da Agricultura.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do senador Carlos Fávaro, que disse que ele não iria comentar o assunto. O espaço segue aberto também para a manifestação de Neri Geller.

Veja Também: 12 curiosidades sobre as exportações do agronegócio brasileiro em 2021 – mnegreiros.com

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