Durante uma sessão plenária no Senado nesta quarta-feira, 3, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) afirmou que o resultado das urnas é a resposta legítima da vontade popular. Pacheco saiu em defesa das urnas eletrônicas e disse que vai dar posse em 1° de janeiro ao presidente eleito pelo sistema eletrônico.
“O resultado das urnas é a resposta legítima da vontade popular”, afirmou. “Essa legitimidade deve ser reconhecida assim que proclamado o resultado das urnas. Tenho plena confiança no processo eleitoral brasileiro, na Justiça Eleitoral e nas urnas eletrônicas, as quais apuramos os votos desde 1996.”
Pacheco também pediu a “pacificação dos ânimos” durante o período eleitoral e que o tom dos candidatos seja “sério, baseado em verdades e boas propostas”. O presidente do Senado ainda acrescentou que a legitimidade do ganhador das eleições deve ser reconhecida assim que o resultado das urnas for proclamado.
“As eleições existem para assegurar a legitimidade do poder político”, argumentou. “As urnas eletrônicas sempre foram motivo de orgulho nacional e trouxeram transparência, confiabilidade e velocidade na apuração das eleições.”
Carta entregue a Pacheco
A Coalizão em Defesa do Sistema Eleitoral entregou, hoje, uma carta a Pacheco defendendo o sistema eleitoral. O documento — que reúne assinaturas de quase 60 instituições, entre sindicatos, associação de advogados, juristas e bancários — também repudia os questionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL) às urnas eletrônicas.
“É isento de dúvidas como o Brasil vem, ao longo de décadas, aprimorando e fazendo evoluir seu sistema de votação e de apuração de votos”, comunica o texto. “Esse sistema que, em todas as eleições realizadas, entregou seus resultados dentro da mais ampla transparência e lisura, foi o que permitiu o atual Presidente assumir seu cargo, com mais de 50 milhões de votos, nas últimas eleições.”
A coalizão informou ser inadmissível que Bolsonaro “use seu cargo para atuar de forma exatamente oposta a seus deveres jurídicos e institucionais, atacando de forma periódica, reiterada e sistemática o sistema eleitoral brasileiro, dirigindo-lhe críticas infundadas, dúvidas e afirmações desprovidas de respaldo técnico e racional”. Para eles, o Brasil está refém de chantagens e ameaças de ruptura institucional.
No texto, a coalizão pede que o Congresso Nacional tome alguma atitude em relação aos questionamentos do presidente. Para isso, a instituição deve se manifestar contrária a qualquer “aventura golpista”. Além disso, que a carta seja lida nos plenários das duas casas legislativas, “para que a sociedade saiba que as organizações e movimentos sociais não estão inertes, estão atentos e mobilizados em defesa da democracia no nosso país”.
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