[Editada por: Marcelo Negreiros]
O empresário João Antônio Franciosi, réu na Operação Faroeste — que apura corrupção no Judiciário baiano —, é o líder em áreas embargadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por desmatamento na Bahia neste ano. Entre 22 de agosto e 2 de setembro, o órgão ambiental interditou oito áreas em nome de Franciosi no Estado, que somam cerca de 1.500 hectares. Cada hectare equivale aproximadamente a um campo de futebol oficial.
Procurado, o empresário não respondeu. O espaço segue aberto a eventuais manifestações.
Segundo um levantamento feito pela Coluna do Estadão em dados do Ibama, constam embargos no nome de Franciosi em propriedades rurais em Luís Eduardo Magalhães (BA) e Barreiras (BA), uma região onde o Grupo Franciosi atua.

Desmatamento em floresta na Amazônia Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Empresário foi alvo de operação da PF
Franciosi é réu na Operação Faroeste, ação que também tramita no STJ e que investiga suspeitas similares à da operação deflagrada deste mês. Deflagrada em 2019, a Faroeste apura venda de sentenças e já afastou do cargo cinco desembargadores do Tribunal da Bahia. Pelo menos três foram presos.
Em junho passado, a desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli foi aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça sob suspeita de ter mantido um “gabinete paralelo” com o filho para produção de sentenças de acordo com os interesses de advogados e partes sem vínculo com a Corte baiana.
Uma investigação da Polícia Civil do Piauí também conecta esse esquema ao modus operandi da Bahia, apurado na Faroeste. No mês passado, foi realizada no Piauí a operação “Vice-Cônsul”, em uma alusão à Faroeste, que apurava suspeita sobre um investigado que se apresentava como cônsul.
[Por: Estadão Conteúdo]
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