O estado de São Paulo confirmou recentemente cinco casos autóctones do sorotipo 4 do vírus da dengue (DENV-4), sendo quatro registrados em Bauru e um ainda sob investigação. Com essa identificação, agora estão em circulação no território paulista todas as quatro linhagens do vírus da dengue: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
O sequenciamento das amostras foi realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, que destacou a importância da vigilância epidemiológica diante da nova configuração viral no estado. A presença simultânea de todos os sorotipos eleva o risco de infecções graves, já que a imunidade adquirida contra um tipo não protege contra os demais.
Até o momento, São Paulo contabiliza cerca de 552 mil casos prováveis de dengue, com 475 mortes em investigação. A descoberta do DENV-4 preocupa autoridades de saúde, pois a circulação de um novo sorotipo pode provocar um aumento expressivo de casos e complicações, especialmente em pessoas que já tiveram dengue anteriormente.
As amostras foram coletadas em unidades sentinelas — centros estratégicos de monitoramento de pacientes com sintomas compatíveis com a doença. Cidades como São José do Rio Preto, Araraquara e Araçatuba estão entre as mais afetadas atualmente.
Diante do avanço da dengue, medidas de prevenção se tornam cada vez mais urgentes, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti — principal vetor da doença — por meio do combate à água parada.
Na área da vacinação, a imunização com a vacina QDenga já está disponível para crianças entre 10 e 14 anos. Além disso, o Instituto Butantan segue em fase de desenvolvimento de uma vacina em dose única, o que pode ampliar significativamente a cobertura vacinal no futuro.
A Secretaria Estadual de Saúde segue monitorando a situação da dengue e de outras arboviroses, com o objetivo de reforçar as estratégias de controle e proteção à população.
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