A senadora Simone Tebet (MDB-MS), candidata à Presidência da República, minimizou o fato de sua parceira de chapa, Mara Grabrilli (PSDB-SP), ter usado cerca de R$ 20 milhões em emendas de relator, chamadas por Tebet, pela imprensa tradicional e por partidos de esquerda de “orçamento secreto”.
“Nunca disse que todos que pegam recursos estão fazendo coisa errada, mas quem esconde o orçamento, que é do povo, tem alguma coisa que está devendo”, disse Tebet, na quarta-feira 31, ao pedir aos parlamentares que receberam os recursos para abrirem as suas contas em nome da transparência.
Tebet parabenizou Mara “por abrir as suas contas”. A senadora tucana enviou as verbas para 19 municípios, com recursos para postos de saúde e hospitais.
A emedebista voltou a referir-se ao “orçamento secreto” como “imoral” e o “maior escândalo de corrupção da história”. Aprovadas pelo Congresso, as emendas de relator foram vetadas pelo presidente Jair Bolsonaro, que acabou derrotado no próprio Parlamento. Até mesmo o Supremo Tribunal Federal, que tentou enquadrar as emendas, recuou diante da pressão de congressistas.
Além de Mara, a presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil-MS) também foi citada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo como uma das que usaram o dinheiro. Assim como Simone Tebet, a senadora também se manifestou contra as emendas de relator, que chamou de “imorais”.
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