No conto “O Moleiro de Sans-Souci”, François Andrieux narra que Frederico II (Rei da Prússia) mandou erguer um belo palácio, numa região próxima a Berlim chamada Sans-Souci, que significa “sem preocupação”.
No entanto, um velho moinho de vento, que pertencia a um moleiro, atrapalhava a visão da paisagem do lugar e prejudicava a ampliação do palácio. O Rei então, querendo mudar a situação, quis demolir o moinho, mas o moleiro não quis acordo.
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Então Frederico II ameaçou o moleiro: “Sabes que se eu quisesse, poderia expropriar o moinho, sem lhe dar nenhuma compensação, não sabes?”; E o moleiro respondeu: “O senhor? Tomar-me o moinho? Existem juízes em Berlim!”
Entendendo que no seu reinado alguém acreditasse na justiça, o monarca riu, voltou-se para seus súditos e disse: “Bem, meus senhores, eu acho que devemos mudar nossos planos. Vizinho, mantenha o seu moinho.”
Eu me pergunto: quando será que, a exemplo da obra de outro francês, o Barão de Montesquieu, vamos utilizar no Brasil a teoria da separação dos poderes e os respectivos controles mútuos com seus pesos e contrapesos, escrita em “O Espírito das Leis”?
Ednamai – Analista de Sistemas
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