O ex-presidente da Argentina Maurício Macri disse que o país registra uma “fuga de mentes” e de empresários. “Temos presenciado o maior êxodo de jovens talentosos e de parte da iniciativa privada”, disse Macri, durante a Conferência pela Liberdade, em São Paulo, nesta sexta-feira, 3.
Em 2020, empresas como a Axalta, Basf e Saint-Gobain Sekurity, fornecedoras de autopeças, anunciaram a demissão de funcionários argentinos e a mudança para o Brasil.
Segundo o ex-presidente, a maior causa para esse cenário é o “populismo” que se alastra pela América Latina e cria um ambiente tóxico para a iniciativa privada. Macri citou ainda o aumento do número de pobres durante o governo dos peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner. Atualmente, quase 45% da população argentina urbana é pobre.
Macri mencionou ainda que as liberdades estão em xeque na Argentina em virtude de medidas tomadas durante a pandemia de coronavírus, como o cerceamento do direito de ir e vir e dos lockdowns. “O populismo quer que todos dependam do governo, do poder e de seu assistencialismo”, constatou o ex-presidente.
“O populismo é uma ameaça global”, disse Macri. “Por isso, precisamos de um multilateralismo que favoreça o intercâmbio entre os países e a defesa da liberdade. O G7 e o G20 têm um papel fundamental nisso. Teremos de construir uma resposta global para esse problema.”
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